Sem conseguir vender ativos, Saraiva pode ter falência decretada
Até o fim de junho, a Saraiva tinha 38 lojas, ante 64 um ano antes

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Com a baixa demanda de venda de ativos, como pontos de lojas e seu domínio na internet, para ganhar fôlego, pagar os credores e arcar com despesas, a rede de livrarias Saraiva, sofreu um novo transtorno em seu plano de recuperação judicial. Dessa vez, corre o risco de ter decretada a falência.
Após ação de um dos credores, a empresa de tecnologia Infosys, que indagou o plano da crítica apresentada em março, a Justiça solicitou agora, que a Saraiva apresente em até 30 dias uma nova proposta, sob a pena de que sua falência seja oficialmente decretada.
A empresa, no entanto, já tinha realizado alguns dias antes dessa decisão, um ajuste no plano já contemplando a derrota na venda de ativos. Agora, avalia uma nova mudança, disse uma fonte.
Na semana passada, a empresa apresentou um novo aditivo ao plano. Pela nova proposta, os credores são separados em um deságio de 80% da dívida, com o pagamento do restante em ações da empresa, que é listada na Bolsa. A segunda opção apresentada ao credor é de receber até 2048, com o início do pagamento a partir de 2016, com juros de 0,5% ao ano.
Até o fim de junho, no último resultado divulgado pela empresa, a Saraiva tinha 38 lojas, ante 64 um ano antes. O prejuízo no primeiro semestre foi de R$ 45 milhões, antes de uma perda de R$ 108 milhões na primeira metade de 2020.


