Durante a CPI da Pandemia nesta terça-feira (4), o senador e integrante da Comissão, Rogério Carvalho (PT-SE), disse que os descuidos do presidente Jair Bolsonaro diante da pandemia foram intencionais. 

Ele citou falar de Bolsonaro, como o termo "gripezinha" que ele usou para classificar um dos sintomas da covid-19, e relembrou falas de outros aliados do presidente e integrantes do governo, como o ministro do Desenvolvimento Social, Osmar Terra.

Rogério Carvalho classificou a CPI da Pandemia como "uma investigação sanitária sobre crime de saúde pública contra a vida".

O senador também citou momentos em que o presidente adotou postura contrária às medidas sanitárias para evitar infecções pela doença no país, como as vezes em que o Bolsonaro se reuniu com apoiadores em Brasília e as críticas às medidas adotadas por governadores e prefeitos.

"Estamos diante não de um negacionismo desprovido de dolo ou um negacionismo que representa uma ação culposa, mas na verdade, uma tese que prevaleceu desde o início desta pandemia: a tese de que era preciso deixar as pessoas expostas para adquirir naturalmente imunidade e resolver, rapidamente, o problema econômico, do emprego, da renda e isso foi feito de forma intencional. Por que se não fosse intencional, o presidente não saia passando a mão no nariz e pegando na mão das pessoas, o presidente não aglomeraria, o presidente não sairia no final de semana, no entorno de Brasília, para aglomerar. O presidente não faria decreto e nem vetava lei que obrigava o uso de máscaras e ele o fez. O presidente não impediria que prefeitos e governadores, na tentativa de conter a expansão do vírus, não tentaria impedir no STF com uma ação dizendo que ele que tinha coordenar e proibindo que governadores e prefeitos fizessem isolamento social efetivo", pontou o senador.