Sessão virtual extraordinária da OEA debate situação em Cuba

Reunião acontece nesta quarta-feira (28)

[Sessão virtual extraordinária da OEA debate situação em Cuba]

FOTO: Getty Images

A Organização dos Estados Americanos (OEA) discutirá a situação em Cuba durante uma reunião nesta quarta-feira (28). Atualmente, o país registra uma série de manifestações sociais que pedem o fim do mandato do presidente Miguel Díaz-Canel e, além disso, a população reivindica a fome e a situação de emergência sanitária devido à pandemia. Em meio a essa situação, Havana, a capital do país, busca evitar uma condenação internacional em matéria de direitos humanos promovida pelos Estados Unidos.

O Conselho Permanente da OEA, órgão executivo da organização, integrado por 34 membros ativos, realizará a sessão virtual extraordinária às 11h (horário de Brasília). A ordem do dia prevê apresentações da presidente da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), Antonia Urrejola, assim como do relator da CIDH para Cuba, Edgar Stuardo Ralón, e do relator especial da CIDH para a Liberdade de Expressão, Pedro Vaca.

A CIDH, órgão autônomo da OEA, condenou em comunicado "a repressão estatal e o uso da força" durante os protestos em Cuba, os quais considerou "pacíficos". No momento, as manifestações já deixaram um morto, dezenas de feridos e centenas de detidos.

A reunião desta quarta foi convocada pela presidência do Conselho Permanente, ocupada atualmente pelo Uruguai. O embaixador, Washington Abdala, sugeriu na semana passada a realização de uma sessão extraordinária para analisar os "últimos acontecimentos registrados em Cuba" que, segundo o embaixador, eram motivo de "preocupação" para ele e outros representantes na OEA.

Cuba, que não participa da OEA desde 1962, acusa os Estados Unidos de liderarem uma campanha contra a ilha no órgão regional, que considera trabalhar a serviço de Washington. "O próximo, vergonhoso e anunciado passo do plano macabro contra Cuba é a imposição do Conselho Permanente da OEA", tuitou o presidente Miguel Díaz-Canel nesta quarta (28). O líder cubano também questionou as manifestações recentes contra o seu governo em frente a embaixadas de Cuba. "Os 'manifestantes pacíficos' contra a Revolução Cubana chegaram a Paris com o incentivo das campanhas contra a ilha geradas em Washington? Volta o terrorismo contra as embaixadas cubanas?", questionou Díaz-Canel no Twitter.


 


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