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Setor criativo representa 3,5% do PIB, mas vive à base de fiado: crise de liquidez afeta toda a cadeia!

Pagamentos com até 120 dias e informalidade agravam instabilidade financeira; demanda reprimida por liquidez pode chegar a R$ 1 bilhão, aponta fintech Dux

Por Michel Telles
Às

Setor criativo representa 3,5% do PIB, mas vive à base de fiado: crise de liquidez afeta toda a cadeia!

Foto: Divulgação

Apesar de representar 3,59% do PIB brasileiro, segundo dados do Mapeamento da Indústria Criativa 2025 da FIRJAN, o setor da economia criativa, que envolve produtoras, agências, artistas, estúdios e criadores digitais, enfrenta um entrave estrutural que compromete sua sustentabilidade: a liquidez. Em boa parte do mercado, é comum que pagamentos por projetos entregues demorem até 90 ou 120 dias. Luiz Octavio Neto, CEO da Dux, fintech do segmento, explica que nesse intervalo, profissionais e empresas precisam operar sem capital de giro, recorrendo a empréstimos pessoais, renegociações ou mesmo sendo obrigados a pausar a produção.

“Liquidez é o oxigênio da economia. Sem fluxo de caixa, não há entrega, nem inovação. No setor criativo, os prazos de pagamento já são historicamente longos e ainda há o risco constante de atrasos. Quando um cliente não paga em dia, a produtora não consegue repassar ao editor, que atrasa os profissionais, e o ciclo se perpetua. Basta um elo falhar para que toda a engrenagem cultural pare”, afirma o executivo.

Foi diante desse cenário de baixa previsibilidade financeira e da ausência de produtos bancários alinhados à lógica da economia criativa que surgiu a atuação da DUX. Fundada em 2022, a fintech brasileira desenvolveu uma plataforma de antecipação de recebíveis voltada exclusivamente para criadores, produtoras, agências e estúdios, oferecendo liquidez imediata, análise de crédito orientada por dados e operações com inadimplência inferior a 0,1%. Em um ano de operação (agosto de 2024 a agosto de 2025), a Dux antecipou R$ 33 milhões, sendo R$ 9,1 milhões somente em agosto. A expectativa é chegar a R$ 100 milhões no total até dezembro de 2025. Com mais de 10 mil criadores conectados e 90 parceiros ativos, a empresa busca responder a um problema estrutural que afeta a engrenagem criativa como um todo.

“Não se trata apenas de antecipar pagamentos, mas de redesenhar a relação entre dinheiro e criatividade. O problema da liquidez na economia criativa é estrutural. Muitos profissionais trabalham com contratos verbais, sem garantias e, sem dados oficiais, fica ainda mais difícil desenhar soluções em escala. Para que o setor avance, o fluxo financeiro precisa acompanhar o ritmo da entrega. Por isso se torna essencial soluções financeiras que apoiem os profissionais do setor e diminuam o imapcto da liquidez”, finaliza Luiz Octavio.

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