Setor de serviços avança 1,7% em junho, diz IBGE

Com resultado, setor atingiu o maior nível em 5 anos

Por Da Redação
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Setor de serviços avança 1,7% em junho, diz IBGE

Foto: Getty Images

Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quinta-feira (120, apontam que o volume de serviços cresceu 1,7% na passagem de maio para junho, acumulando ganho de 4,4% nos últimos três meses. Com isso, o setor não só ampliou o distanciamento em relação ao nível pré-pandemia, já que se encontra 2,4% acima de fevereiro do ano passado, como também alcançou o patamar mais elevado desde maio de 2016. 

A Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), do IBGE, mostra que, em relação a junho de 2020, o volume de serviços avançou 21,1%, quarta taxa positiva consecutiva. No acumulado do ano, o setor cresceu 9,5% frente a igual período do ano anterior. Em 12 meses, ao passar de -2,1% em maio para 0,4% em junho, manteve a trajetória ascendente iniciada em fevereiro deste ano (-8,6%). Mesmo com o avanço, o setor ainda está 9,1% abaixo do recorde histórico, alcançado em novembro de 2014.

O desempenho do setor em junho foi puxado por todas as cinco atividades investigadas, com destaque para os serviços de informação e comunicação (2,5%), que alcançou o ponto mais alto de sua série. Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (1,7%) e serviços prestados às famílias (8,1%) também se sobressaíram no período.

Com menores impactos no índice geral, vieram os serviços profissionais, administrativos e complementares (1,4%) e os outros serviços (2,3%), que mostraram crescimento acumulado no período maio-junho de 3,6% e 3,5%, respectivamente.

Resultado no 2° trimestre

Com o resultado, o setor de serviços, que possui o maior peso no Produto Interno Bruto (PIB), registrou alta de 2% no 2º trimestre, na comparação com os três primeiros meses do ano. No acumulado do 1º semestre, o setor tem alta de 9,5%, na comparação com igual semestre do ano passado.

De acordo com o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, essa foi a taxa semestral "mais alta de toda a série, iniciada em 2012, devido à baixa base de comparação". O crescimento semestral foi acompanhado por todas as grandes atividades pesquisadas e em mais da metade (63,3%) dos 166 tipos de serviços investigados. “Até o acumulado de maio, apenas os serviços prestados às famílias estavam no campo negativo. Com as informações de junho, esse segmento se juntou aos demais no campo positivo. Todos cresceram em qualquer comparação”, destacou Lobo.

Veja a variação dos subgrupos de cada uma grandes atividades:

-Serviços prestados às famílias: 8,1%
-Serviços de alojamento e alimentação:8,5%
-Outros serviços prestados às famílias: 2,6%
-Serviços de informação e comunicação: 2,5%
-Serviços de Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC): 1,3%
-Telecomunicações: -0,3%
-Serviços de Tecnologia da Informação: 1,5%
-Serviços audiovisuais, de edição e agências de notícias: 12,0%
-Serviços profissionais, administrativos e complementares: 1,4%
-Serviços técnico-profissionais: 1,3%
-Serviços administrativos e complementares: 1,2%
-Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio: 1,7%
-Transporte terrestre: 1,0%
-Transporte aquaviário: 0,6%
-Transporte aéreo: 21,2%
-Armazenagem, serviços auxiliares aos transportes e correio: -1,9%
-Outros serviços: 2,3%

Crescimento disseminado regionalmente

Na comparação com maio, o crescimento do volume de serviços prestados no país foi observado em 23 das 27 unidades da federação. Os avanços mais expressivos foram registrados no Rio de Janeiro (5,4%), São Paulo (0,5%), Minas Gerais (2,4%), Rio Grande do Sul (3,4%), Pernambuco (5,4%), Santa Catarina (3,1%) e Distrito Federal (3,3%). Registraram taxa negativa apenas Mato Grosso (-5,0%), Bahia (-0,8%) e Tocantins (-1,8%). Já em Alagoas (0,0%) a variação foi nula, ou seja, houve estagnação.

Atividades turísticas 

O índice de atividades turísticas subiu 11,9% frente a maio, na segunda taxa positiva consecutiva. Apesar de manter a trajetória de recuperação, o segmento ainda necessita crescer 29,5% para retornar ao patamar pré-pandemia.

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