Setor de serviços deve gerar 103 mil vagas temporárias no país neste fim do ano, diz pesquisa

O varejo brasileiro e o setor de serviços devem gerar 103 mil vagas temporárias neste final de ano. Se essas previsões se confirmarem será o melhor indicador dos últimos cinco anos. Em 2014, período que o Brasil entrou em recessão, a admissão de temporários para o período foi de 300 mil vagas, número bem distante da estimativa para esse ano, mas serão 43,8 mil postos  de trabalho a mais que no ano passado.

Os dados são da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) que realizou pesquisa com mais de mil empresários. Segundo a estimativa dos economistas, o cenário para o setor deve ser mais favorável com a injeção de R$ 30 bilhões do FGTS e do PIS/Pasep na economia, a maior procura do consumidor por crédito e a inflação controlada.

No entanto, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o crescimento ainda é tímido. Em julho, as vendas no varejo cresceram pelo quarto mês seguido e acumulam alta de 0,8% neste ano. No setor de serviços, o avanço desde janeiro foi de 1,2% nas vendas, e julho foi o terceiro mês seguido de alta.

Confiança

O levantamento da CNDL e SPC Brasil mostra que 88% dos empresários estão mais confiantes e devem ampliar as contratações neste ano devido ao aumento de demanda. Seis em cada dez executivos ouvidos pela pesquisa esperam que as vendas neste final de ano sejam em média 17% maiores do que em 2018 e 43% dos varejistas planejam ampliar os seus estoques. 

A Confederação Nacional do Comércio (CNC) calcula que dos R$ 30 bilhões injetados na economia proveniente dos saques do FGTS e PIS/Pasep, R$ 13,1 bilhões serão aplicados diretamente em compras e R$ 12,2 bilhões usados para quitar dívidas. Em 2017, dos R$ 44 bilhões liberados de FGTS apenas R$ 11 bilhões foram usados para o consumo de bens e serviços.