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Silas Malafaia confirma ter recebido R$ 30 mi de “Sheik do Bitcoin”, mas nega ligação com esquema de pirâmide

Francisley Valdevino da Silva, mais conhecido como Sheik do Bitcoin, foi condenado a 56 anos de prisão e mantinha sociedade com Malafaia

Por Da Redação
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Silas Malafaia confirma ter recebido R$ 30 mi de “Sheik do Bitcoin”, mas nega ligação com esquema de pirâmide

Foto: Reprodução/Youtube | Reprodução/Redes Sociais

O pastor e fundador da Igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo, Silas Malafaia, confirmou ter recebido um investimento de R$ 30 milhões do empresário Francisley Valdevino da Silva, conhecido como Sheik do Bitcoin. Francisley foi condenado a 56 anos de prisão por operar um esquema de pirâmide financeira de criptomoedas.

A declaração de Malafaia foi feita ao portal Metrópoles. Segundo o líder religioso, o valor foi utilizado para reerguer a Central Gospel (editora de livros do líder evangélico, em recuperação judicial desde 2019).

Malafaia afirmou que tem a presunção de inocência e ressaltou que a parceria com Francis terminou antes mesmo de ele ser denunciado pelo Ministério Público Federal (MPF).

“[O Sheik do Bitcoin] botou dinheiro na minha editora para comprar material, para me ajudar no momento mais difícil da minha recuperação. O que que eu tenho com os crimes de bitcoin, de moeda, de criptomoeda dele?” questionou.

O pastor detalhou também como foi o início da parceria. “Quando você tem uma empresa em recuperação judicial, você não pode ter sócio. Esse cara, evangélico que ele era, abriu mais de 100 empresas legais, não laranja, com várias pessoas. E aí ele chegou para mim e disse: ‘Pastor, vamos abrir uma empresa de marketing multinível para a gente comprar produtos da editora, e a gente vende nessa empresa, fora as outras empresas que eu tenho, empresa de óculos, empresa de perfume…’, um porrilhão de empresas que esse cara tinha”, explicou Malafaia.

O valor negociado entre Malafaia e o sheik foi revelado em depoimento de uma testemunha-chave do processo, divulgado na segunda-feira (25). O empresário Davi Zocal relatou à Polícia Federal, em agosto de 2022, que o investimento do “Sheik do Bitcoin” foi de aproximadamente R$ 30 milhões.

“Silas falou assim pra ele: ‘Cara, vamos fazer uma empresa com outro nome, para não ferrar para nós, né?’ Então abriram a Alvox, mas o foco do Malafaia… O Francis foi sócio direto dele na principal empresa, mas foi só para dar uma esquivada, né?”, contou Davi.

Silas Malafaia e Francisley foram sócios na Alvox Gospel Livros Marketing Direto, uma loja digital voltada para o público evangélico. A empresa foi registrada em maio de 2021 e encerrada em julho de 2022.

Ainda segundo o pastor, ele não tinha poder de decisão sobre a Alvox e que Francis era o gestor da empresa. “É bom informar que, quando ele foi sócio comigo, ele foi sócio [durante] um ano. Não havia uma denúncia em Ministério Público e Polícia Federal contra ele. Quando começou [a mudar] os rumos de conversa, eu caí fora e saí da empresa. Eu saí em março, tá? Aí começou em junho as notícias de que ele estava sendo investigado”, afirmou.

Malafaia é investigado pela Polícia Federal em inquérito que apura o crime de coação no curso do processo que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado.

Na última quarta-feira (20), o pastor foi alvo de mandado de busca pessoal e de apreensão de celulares. Ele está proibido de deixar o país e não pode conversar com os outros investigados, como o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

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