Silveira diz que impasse entre Alcolumbre e Planalto será resolvido "pelo bem do Brasil"

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD-MG), afirmou nesta segunda-feira (1º) que o impasse entre o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e o Planalto será resolvido “para o bem do Brasil”. A declaração foi dada durante a crise entre os Poderes após a indicação de Jorge Messias ao Supremo Tribunal Federal (STF).

A relação se agravou com a divulgação de uma nota de Alcolumbre, na qual ele afirma considerar ofensiva a insinuação de que cargos e emendas influenciariam a aprovação da indicação de Messias. O texto, publicado no domingo, diz ainda que “trata-se de um método antigo de desqualificar quem diverge de uma ideia ou de um interesse de ocasião”.

“Dialogar para construir maioria nas Casas Parlamentares é extremamente natural e qualquer estresse que seja pontual, eu tenho absoluta convicção de que será resolvido para o bem do Brasil”, afirmou Silveira.

Durante a coletiva, o ministro também reafirmou apoio à possível candidatura do senador Rodrigo Pacheco ao governo de Minas Gerais nas eleições de 2026. “Eu reconheço o seu valor como homem público, como alguém que prestou relevante serviço à sociedade brasileira, na defesa da democracia, na defesa dos valores republicanos, alguém que é municipalista, que tem muita responsabilidade com os municípios do Brasil, em especial os municípios de Minas Gerais, e demonstrou isso durante sua passagem tanto pela Câmara dos Deputados quanto pelo Senado”, disse.

Segurança pública

As pautas de segurança pública devem avançar nesta semana no Congresso Nacional, com a análise do PL Antifacção e da PEC da Segurança Pública. Sobre o tema, Silveira afirmou que ainda há grande preocupação do Governo Federal e da Polícia Federal com o texto do senador Alessandro Vieira.

“O texto que foi redigido pela Câmara dos Deputados e enviado agora à relatoria do senador Alessandro Vieira enfraquece, em alguns pontos, a atividade da Polícia Federal, tão fundamental no combate ao topo da pirâmide do crime organizado, que é a lavagem de dinheiro, para que a gente possa reprimir, efetivamente, e asfixiar o crime organizado no Brasil.”

“Eu tenho absoluta convicção de que, de forma democrática, ele vai aperfeiçoar o texto do Senado, que é a Casa revisora, e assim vamos entregar uma legislação que possa cumprir o dever de todos nós, o dever do poder público, e o empenho que existe por parte do ministro Lewandowski e do presidente Lula em fortalecer o combate ao crime organizado no Brasil”, afirmou.