Síndromes respiratórias aumentaram 20 vezes o número de mortes no Brasil durante pandemia

PE e SP foram os estados que mais registraram aumento

[Síndromes respiratórias aumentaram 20 vezes o número de mortes no Brasil durante pandemia]

FOTO: Reprodução

Em meio à pandemia do coronavírus, a quantidade de mortes por doenças respiratórias explodiu no Brasil. O número de óbitos em decorrência de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) no Brasil cresceu 20 vezes em relação ao ano passado, segundo as declarações de óbito registradas nos cartórios do país. A comparação foi realizada no período de 16 de março (quando ocorreu a primeira morte por coronavírus no Brasil) e 3 de junho. 

Em 2019, foram 349 óbitos que tiveram SRAG como causa registrada. Neste ano, já são mais de 20 vezes essa quantidade: 6.994 mortes. Os números constam no Portal da Transparência da Arpen (Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais). É preciso considerar, porém, que os cartórios têm até 13 dias para atualizar os dados.

Dessa forma, os números ainda podem ser revistos. Ontem (3), o Ministério da Saúde anunciou que o Brasil ultrapassou a marca de 31 mil mortes. Os óbitos por SRAG não estão incluídos nesse balanço. Entre as 27 unidades da federação, 26 registraram alta nessa comparação com 2019 (a exceção foi Mato Grosso, onde ocorreram quatro óbitos nos dois períodos analisados). 

O maior crescimento entre os estados ocorreu em Pernambuco: saltou de 14 óbitos para 2.274. Em São Paulo, estado com mais casos e mortes no país, os óbitos registrados com SRAG como causa aumentaram mais de 11 vezes (de 86 para 1.017). 

Coronavírus

Dario Frederico Pasche, doutor em Saúde Coletiva e professor da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), pondera que "em todo o mundo está se verificando excesso de mortes" durante a pandemia. "O que isso indica? Comparando dados em uma mesma série histórica, verifica-se um novo padrão de mortes, que só pode ser alterado com profundas mudanças no padrão de adoecimento, como guerras, epidemias, fome e desastres ambientais.", disse.

O professor também observa que "os sistemas de vigilância epidemiológica vão, aos poucos, investigando mortes e corrigindo a base de dados. E parte das mortes pode, assim, ser corretamente atribuída à covid-19". Assim, só teremos uma melhor noção do que está ocorrendo com o passar dos anos. E pode levar um bom.", completa. 


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