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'Situação do Brasil aponta para um colapso em todo o País', diz Fiocruz

Taxa de ocupação de UTI está acima dos 90% em 15 Estados

Por Da Redação
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'Situação do Brasil aponta para um colapso em todo o País', diz Fiocruz

Foto: Reprodução/ Getty Images

Um boletim divulgado nessa terça-feira (16) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que monitora a situação do sistema de saúde sobre o coronavírus, apontou 24 Estados brasileiros e o Distrito Federal estão com taxa de ocupação de leitos de UTI [Unidade de Terapia Intensiva] acima dos 80%, sendo que em 15 unidades federativas esse percentual ultrapassa dos 90. Os pesquisadores classificam a situação como "gravíssima" e reforçam a necessidade das medidas para conter os contágios. "Nunca vivenciamos isso", diz o coordenador do Observatório Fiocruz Covid-19, Carlos Machado, ao Estadão. 

Ao comparar com os dados da semana passada, houve uma melhora na hora em Roraima, onde a taxa passou de 80% para 73%. Já no movimento contrário, o Pará saiu da taxa de 75% para 81%. Outros Estados que saíram da zona de estabilidade para a crítica são: Amapá (90%), Paraíba (85%), Alagoas (84%), Minas Gerais (85%) e Espírito Santo (89%).

Com a aproximação do colapso na saúde em algumas unidades federativas, os cientistas definem como "gravíssima" a situação e recomendam reforçar a adoção de medidas, a exemplo do uso de máscaras, distanciamento e isolamento social, e reiteram que o lockdown é uma estratégia a ser considerada nos locais considerados mais críticos. Para os pesquisadores, essas medidas são essenciais para evitar esse colapso e reduzir os níveis de transmissão e os número de mortes.

"Um conjunto de indicadores, incluindo as médias móveis de casos e de óbitos e as taxas de ocupação de leitos UTI Covid-19 para adultos, apontam para situação extremamente crítica ou mesmo colapso, em todo o País", aponta o boletim. Essas ações, conforme os pesquisadores, se faz necessário até que a vacinação seja intensificada e distribuída em massa.

"Já tivemos crises e situação de calamidade no sistema, com sobrecarga em alguns Estados e municípios. Mas isso nunca ocorreu de forma sincronizada e sistêmica como agora. Estados não conseguem transferir pacientes mesmo tendo recursos porque o outro local também não consegue receber devido ao colapso", diz Machado, ao Estadão.

O coordenador também destaca a necessidade de um lockdown de pelo menos 14 dias. "Não temos outro remédio para adotar nesse momento a não ser medidas de bloqueio e supressão onde a taxa está acima dos 80%. Araraquara é um exemplo, mas esperou chegar aos 100%, com fila de espera, o que pode resultar em um maior número de pessoas mortas. Campanhas precisam preparar a população que isso vai ser necessário de tempos em tempos", acrescenta.

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