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Sommeliers e tatuadores brasileiros encontram no visto EB-2 um caminho para atuar legalmente nos Estados Unidos!

Reconhecimento internacional e a expansão do mercado de vinhos abrem espaço para profissionais migrarem pelo visto de habilidades especiais, desde que amparados por comprovação documental

Por Michel Telles
Às

Sommeliers e tatuadores brasileiros encontram no visto EB-2 um caminho para atuar legalmente nos Estados Unidos!

Foto: Divulgação

A crescente valorização do mercado de vinhos nos Estados Unidos tem criado oportunidades inéditas para sommeliers brasileiros que desejam atuar no país. Embora muitas vezes vistos como profissionais restritos ao universo da gastronomia de luxo, especialistas têm demonstrado que a atividade pode ser enquadrada na categoria de “habilidade excepcional” exigida pelo visto EB-2, rota que garante residência permanente a estrangeiros que comprovem relevância nacional em suas áreas de atuação.

De acordo com dados do Wine Institute, o consumo de vinhos nos EUA ultrapassou 33 bilhões de dólares em 2023, consolidando o país como o maior mercado do mundo. O setor vem demandando profissionais qualificados em importação, harmonização e consultoria especializada. Nesse contexto, a figura do sommelier ganha destaque como mediador cultural e estratégico para negócios gastronómicos e vinícolas.

Daniel Toledo, advogado especializado em Direito Internacional e professor honorário da Universidade de Oxford, destaca que esse tipo de profissão pode, sim, se enquadrar no EB-2. “Um sommelier premiado, que tenha reconhecimento em concursos internacionais ou experiência em restaurantes de prestígio, pode comprovar que sua atuação supre uma necessidade do mercado americano. O mesmo raciocínio vale para outras áreas não tradicionais, como tatuadores ou paisagistas”, explica.

Para avançar no processo, entretanto, o profissional precisa apresentar um dossiê sólido com certificados, reportagens, cartas de recomendação e histórico de atuação. “Não basta exercer a profissão. É preciso demonstrar a relevância do trabalho e como ele contribui de forma direta para os Estados Unidos. Sem isso, o risco de negativa aumenta muito”, adverte Toledo.

O desafio para sommeliers brasileiros, segundo o advogado, está em comprovar diferenciais competitivos frente à mão de obra local. “O governo americano busca profissionais que tragam algo novo. Um sommelier especializado em vinhos brasileiros ou em harmonizações inovadoras pode ter um diferencial que justifique o interesse nacional”, avalia.

Números recentes reforçam a expansão desse caminho migratório. Em 2023, brasileiros obtiveram 7.800 vistos EB-2, quase quatro vezes mais do que em 2019, segundo estatísticas oficiais do Departamento de Estado. Mas a taxa de aprovação ainda é um obstáculo: apenas 57,4% dos pedidos feitos por brasileiros foram aceitos em 2023, bem abaixo da média global acima de 80%.

Na avaliação de Toledo, a explicação para esse índice mais baixo está diretamente ligada à falta de assessoria especializada. “Um erro na escolha de documentos ou no argumento apresentado pode comprometer o processo inteiro. É fundamental que cada etapa seja conduzida com cautela e estratégia jurídica, sob pena de transformar o sonho do Green Card em frustração”, alerta.

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