A advogada Rosângela Wolff Moro, 46 anos, contou, em entrevista por videoconferência ao Estadão, que está escrevendo um livro durante a quarentena provocada pela pandemia da  Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. Ainda durante a entrevista, a esposa de Sérgio Moro disse que se considera feminista. Segundo Rosângela, ela defende o direito de todas as mulheres. “Sou defensora de todas nós. Minha equipe é toda feminina. Não tenho meninos trabalhando no escritório”, afirmou.

Contudo, em julho de 2019, a advogada foi criticada por grupos feministas após postar no Instagram a foto de uma mesa posta para jantar com o marido, acompanhada de uma legenda irônica sobre o movimento. 

"Mesa posta. Esperando o ministro da Justiça chegar ao lar! Curitiba gelada e sopinha para aquecer o corpo e coração. Sorry, feministas. Mas AMO cuidar de quem eu amo. Eu trabalho, eu pago boletos, eu dou emprego e eu motivo, mas amo cuidar !! Bom@final de semana! Beijo gelado de Curitiba", escreveu a advogada.

A advogada ainda afirmou que, no livro, citará o período de um ano e quatro meses em que o marido, Sérgio Moro, esteve à frente do Ministério da Justiça. “Tô escrevendo pra dar a minha percepção sobre esse período”, contou a advogada.

É a primeira vez que ela fala publicamente após a demissão de Moro, em 24 de abril. Em uma casamente de 21 anos, a advogada disse, durante a entrevista, que não tem vontade de seguir carreira política.“Eu poderia estar fazendo mais, mas eu já me vejo contribuindo com o País desta maneira, sabe? (com as Apaes, Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais). Não tenho vontade de seguir carreira política. Já até fui convidada”, disse Rosângela Moro.

Durante a entrevista, Rosângela Moro não quis entrar em detalhes sobre o impacto do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) na vida dela e na do marido, Sérgio Moro, porque, segundo ela, ela já está escrevendo um livro em que vai abordar todos esses questionamentos. Contudo, quando indagada pelo jornal sobre como ela se define ideologicamente ela disse que não é de direita. “Eu me defino assim: ponderação, bom senso”, disse.