Startup baiana produz filtro para ar condicionado que chega a reter mais de 99% da carga viral em ambientes fechados, incluindo o coronavírus
Instituições baianas como GAAC, Cimatec e Obras Sociais Irmã Dulce já tem o filtro instalado em seus ambientes

Foto: Divulgação
Motivados pela luta contra o coronavírus, Loygus e Senai Cimatec firmaram parceria, que deu origem a Salvar, Startup com propósito de Salvar Vidas, que acaba de lançar um filtro para aparelhos de ar condicionado com capacidade de reduzir 99,9999% a carga viral, incluindo o coronavírus, presente em ambientes fechados. O filtro ainda teve eficácia comprovada de até 80% na redução de fungos e bactérias. O acessório é de fácil uso e manuseio e pode ser instalado em praticamente todos os aparelhos. Seu funcionamento ocorre como uma barreira filtrante do fluxo de ar no ambiente que retém agentes infecciosos virais e bacterianos, controlando dessa forma a disseminação de partículas contaminadas através do sistema de climatização. O projeto conta ainda com apoio de produção e Upcycling das empresas Loygus e Ecoloy e com o incentivo da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial - EMBRAPII. . Informações complementares podem ser acompanhadas no site: www.salv-ar.com e no instagram @salvarmais.
O protótipo desenvolvido no Senai Cimatec faz com que o ar que entra no aparelho passe por uma barreira filtrante, retendo nanopartículas com tamanhos dos agentes infecciosos virais e bacterianos e evitando que estes retornem ao ambiente fechado. Os dados informados passaram por testes em quatro laboratórios independentes e certificadores. De acordo com o CEO da Salvar, Loyola Neto, os filtros serão confeccionados em modelagem ajustável de modo que atenda a diversos tipos de climatizadores, domésticos, industriais e até de veículos de transporte.
Segundo Letícia Alencar, pesquisadora do Senai Cimatec, a inovação representa um ganho substancial no combate à proliferação do novo coronavírus, já que diversos estudos comprovaram que a covid-19 pode ser transmitida pelo ar, principalmente em locais fechados equipados com aparelhos de climatização. “Uma pessoa contaminada exala partículas contagiosas que podem ficar suspensas no ar durante horas e alcançar distâncias maiores, são os chamados aerossóis. Com o turbilhonamento e a recirculação do ar em ambientes com equipamentos para climatização o efeito aerossol é potencializado e aumenta o risco de contágio”, explica a pesquisadora responsável pelos testes microbiológico.
Loyola ainda reforça que mesmo com a eficácia comprovada, o uso do filtro não elimina a necessidade do uso de máscaras e procedimentos de higiene. “Existe um tempo mínimo para que o aparelho filtre o ar e retenha a carga viral, não é algo instantâneo, por isso devemos aliar todas as medidas protetivas para contribuir com um ambiente mais seguro coletivamente”, afirma o empresário. Algumas instituições baianas, já instalaram o filtro em seus equipamentos de ar condicionado, entre elas o Senai Cimatec, Grupo de Apoio à Criança com Câncer (GAAC), Obras Sociais Irmã Dulce, Lar Vida, Parque Social, Grupo Rede Mais e Polo Salvador.