STF autoriza acesso de Ricardo Barros aos dados colhidos pela CPI
Defesa do líder do governo acionou a Corte para tentar antecipar depoimento do parlamentar

Foto: Reprodução/PR
O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), liberou nesta quinta-feira (15) o acesso dos dados coletados pela CPI da Covid, no Senado Federal, ao líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR).
“Ante o exposto, defiro parcialmente a liminar requerida para franquear ao impetrante o acesso aos dados já coligidos pela Comissão Parlamentar de Inquérito - CPI da Pandemia que o mencionem diretamente, bem como para assegurar-lhe o direito de juntar formalmente aos autos da CPI todos os documentos e declarações que entender necessários para exercício de sua defesa”, aponta o documento que permite o acesso.
A defesa do líder do governo acionou o STF para tentar antecipar o depoimento de Barros aos membros da CPI. Ao ser questionado sobre a data em que o deputado seria ouvido, o vice-presidente da comissão, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) declarou que Barros seria ouvido "no momento oportuno" e comentou que era para ele ter paciência que sua hora logo chegaria.
Ricardo Barros foi citado pela primeira vez na CPI pelo deputado federal Luís Miranda (DEM-DF) durante o depoimento em que ele e seu irmão, o servidor do Ministério da Saúde, Luís Ricardo, denunciaram irregularidades na negociação de compra da vacina indiana Covaxin.
Na ocasião, Luís Miranda afirmou que ao informar o presidente Jair Bolsonaro sobre detalhes da negociação, o chefe do Executivo teria mencionado o nome de Barros em uma fala.
Após ter o nome citado na CPI, Barros negou ter qualquer relação com algum suposto acordo na compra da vacina da citada marca.