STF decreta sigilo em inquérito que avalia suposta interferência de Bolsonaro em investigação do MEC
Caso deve seguir no tribunal ou na primeira instância

Foto: Agência Brasil
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu decretar sigilo no inquérito que apura suposta interferência do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), na investigação de corrupção no Ministério da Educação. Por causa do foro privilegiado, o Supremo terá que analisar se a investigação deve seguir no tribunal ou será devolvida para a primeira instância.
Agora, a ministra Cármen Lúcia, que é relatora, deve pedir uma manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR). O caso foi devolvido da Justiça Federal para o STF após a Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF) apontarem indícios de que o presidente pode ter atuado para atrapalhar as investigações. Segundo o MPF, há indícios de que Bolsonaro alertou o ex-ministro Milton Ribeiro, que é investigado, de que ele poderia ser alvo de busca e apreensão.
Na última quarta-feira (22), Ribeiro e pastores denunciados foram presos. Um dia depois, eles foram soltos por ordem do Tribunal Regional Federal da Primeira Região. O ex-ministro é investigado por corrupção passiva, advocacia administrativa, tráfico de influência, prevaricação e por suposto envolvimento em um esquema fraudulento de liberação de verbas do MEC.