SUS incorpora novo tratamento para fibrose cística

Novo medicamento promete melhorar a qualidade de vida dos pacientes e reduzir internações hospitalares

[SUS incorpora novo tratamento para fibrose cística ]

FOTO: Julia Prado/MS

O Sistema Único de Saúde (SUS) anunciou que vai incorporar uma terapia tripla inovadora, composta por elexacaftor, tezacaftor e ivacaftor, que traz significativos benefícios clínicos para pacientes com fibrose cística. A decisão foi formalizada nesta quarta-feira (6) pela ministra da Saúde, Nísia Trindade.

A terapia tripla tem o potencial de melhorar a função pulmonar e o estado nutricional dos pacientes, reduzindo assim as internações hospitalares e a necessidade de transplantes. A medida visa proporcionar acesso mais amplo a essa inovação médica e eliminar a dependência da judicialização, uma vez que um valor acessível para a compra foi negociado pelo Ministério da Saúde.

O medicamento será destinado a pacientes com fibrose cística, com 6 anos de idade ou mais, que possuam pelo menos uma mutação F508del no gene CFTR, uma das mutações mais comuns associadas à doença. O Registro Brasileiro de Fibrose Cística estima que aproximadamente 1,7 mil pessoas sejam elegíveis para esse tratamento.

O secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Complexo da Saúde, Carlos Gadelha, ressaltou a importância desse avanço, afirmando que o novo medicamento pode proporcionar 30 anos adicionais de expectativa de vida para os pacientes. Estudos indicam uma redução significativa na mortalidade e na taxa anual de transplantes de pulmão, tornando essa terapia um marco no tratamento da fibrose cística.

O SUS já possui uma estrutura consolidada para o rastreamento, diagnóstico precoce, monitoramento e assistência aos pacientes com fibrose cística, com ênfase nos menores de 18 anos, dada a mortalidade precoce associada à doença. A fibrose cística é considerada rara, com uma prevalência estimada de 1 caso a cada 10 mil nascidos vivos no Brasil.

O novo tratamento, que atua diretamente na causa da doença, promete proporcionar uma vida mais saudável e longa para os pacientes. A expectativa é que o medicamento esteja disponível no SUS em até 180 dias após a publicação da portaria oficial no Diário Oficial da União.


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