"Tarcísio só vai ser candidato a presidente se tiver o apoio do presidente Bolsonaro", afirma Ciro Nogueira
Governador de SP visitou Bolsonaro na última segunda-feira (29) na casa em que o ex-presidente cumpre prisão em regime domiciliar

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
O presidente do PP, Ciro Nogueira, afirmou que considera praticamente impossível o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), não querer ser candidato à presidência caso o campo da direita crie um ambiente favorável para a tentativa dele.
“Tarcísio só vai ser candidato a presidente se tiver o apoio do presidente Bolsonaro. Ele jamais trairia Bolsonaro. Agora, se nós todos, não só o Bolsonaro, dermos essa missão a ele, não tenho dúvida de que ele será [candidato] e será eleito até com certa facilidade”, disse o senador em entrevista ao Estúdio i, da Globonews, acrescentando que considera “beirar o impossível” Tarcísio não querer disputar a Presidência caso Bolsonaro não o apoie.
Tarcísio visitou Bolsonaro na última segunda-feira (29), na casa em que o ex-presidente cumpre prisão domiciliar. Foi a segunda visita desde o início do regime domiciliar, em 4 de agosto.
A visita ocorreu no mesmo horário em que o ministro Edson Fachin tomou posse na presidência do Supremo Tribunal Federal. O governador era um dos convidados, mas não compareceu à cerimônia.
Alexandre de Moraes autorizou o encontro entre 9h e 18h. Tarcísio aproveitou a possibilidade de visita, mas foi justamente no horário da posse, às 16h.
Eleições de 2026
Segundo o senador, o campo político da direita tem perdido tempo com discussões inúteis, em vez de se unir para concentrar esforços no principal adversário, o Partido dos Trabalhadores e o presidente Lula.
A declaração faz parte de sua análise sobre o cenário para a eleição presidencial de 2026 e abordou temas recentes, como a PEC da blindagem e a tentativa de anistia para condenados por golpes de Estado.
“Estávamos perdendo muito tempo e muito esforço nessas discussões inúteis que só nos dividiam. Tenho certeza de que, depois desse alerta, pelas conversas que tive com todos os presidentes de partidos e lideranças, vamos ter um processo de unificação nesse projeto político”, disse.