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Tarifas de ônibus na Bahia devem sofrer reajustes de 15,4% após aumento do diesel

Preço médio do óleo no estado é o maior do país, vendido a R$ 7,66 o litro

Por Da Redação
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Tarifas de ônibus na Bahia devem sofrer reajustes de 15,4% após aumento do diesel

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Um cálculo da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), com base nas médias tarifárias praticadas no país, apontou que as tarifas dos ônibus urbanos devem sofrer aumento após o reajuste de 8,9% no preço do óleo diesel nas refinarias concedido pela Petrobras a partir da última terça-feira (10). 

A Bahia, o preço médio do diesel S10 foi o mais alto registrado semana passada no país. Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o combustível chegou a ser vendido a R$ 7,66 o litro.

Desde dezembro, a refinaria de Mataripe é a responsável pelo abastecimento do estado. A empresa foi a primeira a ser privatizada pela Petrobras.

A previsão da NTU é de que, de forma imediata, as tarifas dos ônibus urbanos teriam que sofrer reajuste em 2,9%, em média. No acumulado com os reajustes anteriores do combustível, o diesel já subiu 47% este ano, impactando de forma acumulada em 15,4% nas tarifas. 

Nos últimos 12 meses, entre junho de 2021 e até maio deste ano, o diesel já acumula uma alta de 80,9%, valor muito acima da inflação do período. O número representa um impacto na tarifa pública de 26,5% no último ano.

No setor de transporte coletivo urbano por ônibus, o combustível é o segundo maior custo, correspondendo à 32,8% do valor total, ficando atrás somente da mão de obra, que gastam 50% em média, segundo a NTU.

“Temos cidades que já fizeram seus reajustes tarifários anuais e outras que adotaram subsídios emergenciais ou permanentes, a situação varia. Mas a grande maioria dos operadores não têm fôlego financeiro para enfrentar mais esse reajuste e terão que suspender o serviço fora dos horários de pico”, afirma Francisco Christovam, presidente da NTU, sobre a possibilidade de redução de frotas em razão do custo alto. 

"Nesse caso, os governos só têm duas opções para evitar a ruptura nos serviços de transporte: ou repassam os aumentos para as tarifas que remuneram os operadores, conforme os contratos vigentes em cada local, ou subsidiam esse reajuste. As empresas de transporte coletivo urbano não são responsáveis por esses aumentos e não têm como arcar com esses custos. Estamos agora no modo de sobrevivência, tentando manter da melhor forma a oferta do serviço, que atende 43 milhões de brasileiros diariamente”, seguiu. 

Como medida para combater os impactos, a NTU recomenda que seja feita a desoneração de todos os tributos que incidem sobre os insumos utilizados pelo transporte público, que representam, somados, uma carga tributária de 35,6%. A outra opção seria o uso da parte que cabe ao Governo Federal dos resultados gerados pela Petrobras para compensar o impacto da alta do diesel utilizado pelos serviços de transporte público. 

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