TCU compartilha com TSE investigação sobre gastos com "motociatas" realizados por Bolsonaro
Fiscalização foi iniciada em junho a pedido da CPI da Pandemia

Foto: Alan Santos/PR
O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Raimundo Carreiro, enviou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a íntegra das apurações que correm na Corte a respeito dos passeios de moto que contaram com a participação do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido). Em junho deste ano, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia pediu ao TCU que abrisse uma investigação para apurar os gastos da União com os passeios de moto.
Bolsonaro participou das "motociatas" em várias cidades do país. Além de provocar aglomeração durante a pandemia, os eventos também demandaram gastos com a mobilização de aeronaves oficiais, helicópteros, batedores, combustível e diárias para os agentes da segurança presidencial. A fiscalização foi iniciada em junho a pedido da CPI e, em julho, foi autorizada a coleta de informações no Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI) e na Secretaria-geral da Presidência, procedimento chamado de “inspeção”, que faz parte da fiscalização do TCU sobre os gastos com as chamadas "motociatas".
O Ministério Público Eleitoral pediu o compartilhamento das informações apuradas pelo TCU e o ministro Raimundo Carreiro, relator do caso, enviou a íntegra do material ao corregedor do TSE, ministro Luis Felipe Salomão. Agora, as informações enviadas pelo ministro serão incluídas na investigação que corre no TSE contra o presidente.
A investigação apura:
-abuso de poder econômico e político
-uso indevido dos meios de comunicação social
-corrupção
-fraude
-condutas vedadas a agentes públicos
-propaganda extemporânea (antecipada), em relação aos ataques contra o sistema eletrônico de votação e à legitimidade das eleições de 2022.