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Telescópio de US$ 10 bilhões é configurado para buscar primeiras luzes do universo

Objetivo é mostrar como a "Idade das Trevas" terminou depois que as primeiras estrelas acenderam

Por Da Redação
Às

Telescópio de US$ 10 bilhões é configurado para buscar primeiras luzes do universo

Foto: Divulgação/Nasa

Com lançamento previsto para os próximos dias, o Telescópio Espacial James Webb (JWST, na sigla em inglês) tem a missão de olhar mais fundo no Universo: mostrar a "Idade das Trevas" cósmica, que terminou quando as primeiras estrelas se acenderam. As informações são da BBC Mundo.

Equipado com um espelho de 6,5 metros de largura e quatro instrumentos supersensíveis, o Webb ficará olhando por dias para um ponto restrito no céu a fim de detectar a luz que viajou através da imensidão do espaço por mais de 13,5 bilhões de anos.

"Serão apenas pequenas manchas vermelhas", diz John Mather, cientista sênior do projeto JWST e ganhador do Prêmio Nobel.

"Achamos que deve haver estrelas, galáxias ou buracos negros, quem sabe, se formando 100 milhões de anos após o Big Bang. Não haverá muitos para serem encontrados naquela época, mas o telescópio Webb é capaz de vê-los, se eles estiverem lá e tivermos sorte", afirmou o pesquisador da Nasa, a agência espacial americana, em uma edição especial do programa Discovery do BBC World Service.

De acordo com os cientistas, o Webb vai observar quase tudo que há pra ver além da Terra, sejam as luas geladas, cometas e até os buracos negros colossais. Por outro lado, o equipamento está configurado para detectar comprimentos de onda mais longos, que, embora invisíveis aos nossos olhos, estão exatamente no modo em que o brilho dos objetos mais distantes do Universo vai aparecer.

"A luz das estrelas distantes é esticada pela expansão do Universo e muda para a região infravermelha do espectro. Chamamos isso de redshift [desvio para o vermelho]", explica Richard Ellis, astrônomo da University College London (UCL), no Reino Unido, que está ansioso para explorar o fim da "Idade das Trevas".

"O fator limitante que temos com o Hubble, por exemplo, é que ele não chega longe o suficiente no infravermelho para detectar o sinal da luz das estrelas que queremos. Também não é um telescópio particularmente grande. Tem sido uma instalação pioneira, sem dúvida. Fotos incríveis. Mas o diâmetro de seu espelho é de apenas 2,4 metros, e a potência de um telescópio é dimensionada pelo quadrado do diâmetro do espelho. E é aí que entra o JWST", completa.

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