Tolentino diz que conhece Barros 'há muitos anos' e nega participação na compra da Covaxin
CPI da Pandemia investiga se advogado é sócio oculto do FIB Bank
O advogado Marcos Tolentino disse nesta terça-feira (14), durante depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, que conhece o deputado Ricardo Barros (PP-PR) "há muitos anos" e negou ter participado das negociações para a compra da vacina indiana Covaxin contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.
A comissão no Senado investiga se o advogado é um sócio oculto do FIB Bank, empresa que ofereceu carta-fiança de R$ 80,7 milhões no contrato firmado entre a Precisa Medicamentos e o Ministério da Saúde para a compra da Covaxin. Além disso, os senadores desconfiam que ele seja o dono do “banco fictício”.
A CPI também investiga se Barros, que é líder do governo Jair Bolsonaro na Câmara, teve algum envolvimento nas negociações da aquisição da vacina indiana. O contrato do imunizante acabou encerrado após suspeitas de irregularidades, mas o governo já havia reservado R$ 1,6 bilhão para comprar 20 milhões de doses. A Covaxin seria a vacina contra Covid-19 mais cara a ser adquirida pelo Brasil.
"Sobre minha ligação com o deputado Ricardo Barros, cabe declarar que se trata de um conhecido há muitos anos, desde que morei em Curitiba. Sendo que até hoje mantenho vínculo de respeito, amizade, nada mais do que isso", afirmou Tolentino à CPI.
Ele disse ainda que não teve qualquer participação nas negociações: "Eu estava totalmente fora de qualquer atividade que possibilitaria qualquer participação, interferência, no ato correspondente à compra, negociação da vacina Covaxin".
