Trabalho em excesso tem deixado, pelo menos, 50% dos profissionais de saúde cansados
Ao menos 14%, que atuam na linha de frente, afirmou estar no limite da exaustão

Foto: Itamar Crispim/Fiocruz
Uma pesquisa de Condições de Trabalho dos Profissionais de Saúde no Contexto da Covid-19, realizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), mostrou que 50% desse público se sente cansado. Eles afirmaram que trabalham em excesso, tendo pelo menos uma jornada acima de 40 horas semanais.
Ao menos 14%, que atuam na linha de frente, afirmaram estar no limite da exaustão. Outro fator foi a segurança, 43,2% dos profissionais de saúde não se sentem protegidos ao enfrentar a covid-19.
Para 23% deles, o principal motivo para o medo seria a falta, escassez e inadequação do uso de EPIs. Os entrevistados relataram também algumas alterações mais comuns identificadas no cotidiano, como perturbação do sono (15,8%), irritabilidade/choro frequente/distúrbios em geral (13,6%), incapacidade de relaxar/estresse (11,7%), dificuldade de concentração ou pensamento lento (9,2%), perda de satisfação na carreira ou na vida/tristeza/apatia (9,1%), sensação negativa do futuro/pensamento negativo, suicida (8,3%) e alteração no apetite/alteração do peso (8,1%).
De acordo com a pesquisa, 34,5% dos profissionais trabalham em hospitais públicos, 25,7%, na atenção primária e 11,2%, na rede privada. A maior parte está concentrada nas capitais e regiões metropolitanas (60%).


