Tratamento com canetas de semaglutida e liraglutida ganha espaço na luta contra a obesidade

De acordo com o Atlas Mundial da Obesidade 2023, publicado pela Federação Mundial de Obesidade (World Obesity Federation), a obesidade pode atingir 41% da população adulta do Brasil em 2035. Essa condição de saúde é resultado de uma combinação de estilo de vida e fatores genéticos que influenciam a composição corporal.

Entre os tratamentos para combater a obesidade, as canetas de semaglutida e liraglutida têm ganhado espaço, sendo já aprovadas no Brasil e também liberadas para pacientes com diabetes tipo 2. Esses medicamentos oferecem uma abordagem eficaz para auxiliar na perda de peso e na melhoria da qualidade de vida dos pacientes.

As canetas de semaglutida e liraglutida são análogos ao hormônio GLP-1, que atua reduzindo o apetite. Ao serem resistentes à ação da enzima DPP4, esses medicamentos têm efeito prolongado no organismo, ajudando os pacientes a controlar o peso. 

Apesar dos benefícios, essas canetas podem causar efeitos colaterais, principalmente no sistema gastrointestinal, como náusea e vômito. Além disso, a bula dos medicamentos alerta para o risco raro, mas grave, de pancreatite, que pode ser associada à perda rápida de peso corporal.

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) está investigando o possível elo entre os medicamentos Wegovy, Saxenda e Ozempic com pensamentos suicidas e de automutilação, mas as entidades médicas brasileiras, incluindo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), reforçaram que os dados de segurança disponíveis até o momento não mostraram nenhuma associação causal entre esses pensamentos e os medicamentos no Brasil. O uso dessas canetas deve ser sempre orientado por profissionais de saúde, e eventuais dúvidas devem ser sanadas com o médico prescritor.