Travesti baiana deportada após ser impedida de entrar no México chega em Salvador (BA)
Keila Simpson foi deportada para o Brasil enquanto viajava para participar de um evento social

Foto: Reprodução
A travesti baiana Keila Simpson, presidente da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), chegou em Salvador na noite desta sexta-feira (5), após ser impedida de entrar no México, por não ter seu nome retificado no documento.
A baiana, que também é diretora da Associação Brasileira Organizações Não Governamentais (Abong), foi deportada para o Brasil enquanto viajava para participar de um evento social. Ela participaria do Fórum de Movimentos Sociais, apresentando dados de violência contra pessoas trans e travestis.
Keila saiu de Salvador no dia 30 de abril, para a Cidade do México. Ao ser deportada, ela desembarcou em São Paulo, no último domingo (1°), onde esteve até esta quarta. O voo chega na capital baiana por volta das 18h.
Segundo Keila, não houve pedidos de desculpas das autoridades baianas. "Você acha que o México vai pedir desculpas para uma travesti? Deporta todos os dias milhares de travestis e não vão perder tempo para se desculparem com travestis", disse Keila Simpson.
Ela ainda explicou que, parlamentares, advogadas e grupos ativistas se movimentam no México para o caso repercutir no país. "Eu estava com todas as documentações que o governo mexicano pedia. Eu estava indo participar de um fórum, eu não estava migrando, não estava fazendo turismo, eu fui impedida de trabalhar", desabafou.


