Três marcas de ‘café fake’ são proibidas pela Anvisa após presença de toxinas
A presença da toxina ocratoxina A, imprópria para o consumo humano, foi detectada nos produtos além de matérias estranhas e impurezas

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A Agência de Vigilância Nacional (Anvisa) proibiu nesta segunda- feira (2), fabricação e vendas de três marcas de “pó para preparo de bebida sabor café”, após inspeções constatarem a presença da toxina ocratoxina A, substância imprópria para o consumo humano. As marcas Melissa, Pingo Preto e Oficial já haviam sido desclassificadas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA).
Os produtos apresentaram irregularidades na rotulagem, informando que continham “polpa de café” e “café torrado e moído”, mas utilizavam ingredientes de qualidade inferior, como grãos ou até resíduos. Através de análises laboratoriais do Ministério da Agricultura, matérias estranhas e impurezas foram detectadas acima do limite permitido.
Matérias estranhas são pedras, areia, grãos ou sementes de outras espécies vegetais, como ervas daninhas e impurezas são galhos, folhas e cascas. Já as impurezas são galhos, folhas e cascas. O diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Dipov) do Ministério, Hugo Caruso, afirmou em abril que os produtos eram feitos de “lixo da lavoura”.
A resolução da Anvisa determinou a proibição da comercialização, distribuição, fabricação, propaganda e uso dos produtos. Todos os lotes devem ser recolhidos. O Ministério da Agricultura orientou que os consumidores que tenham adquirido alguma dessa marcas, deixem de consumi-los imediatamente.
É possível solicitar a substituição do produto com base nas disposições do Código de Defesa do Consumidor. Caso os produtos ainda estejam sendo comercializados, o Mapa solicita que a ocorrência seja comunicada por meio do canal oficial Fala.BR, com o nome e endereço do estabelecimento onde foi realizada a compra.