TRF-4 nega pedido de Lula e mantém desembargadores no processo do sitio em Atibaia
Defesa pediu afastamento dos desembargadores que condenaram o ex-presidente a prisão

Foto: Agência Brasil
O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) negou nesta quinta-feira (18) os pedidos da defesa do ex-presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, para afastar os dois desembargadores que o condenaram em primeira instanciam a 12 anos e 11 meses de prisão, pelo caso do sítio em Atibaia, interior de São Paulo.
Os advogados do político objetaram a imparcialidade dos magistrados, João Pedro Gebran Neto e Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz, para atuar na ação penal relacionada à Operação Lava Jato.
Contudo, em votação que ocorreu nesta tarde, a 4ª Seção julgou, por unanimidade, improcedente o pedido.
Argumentos
No dia 8 de julho do ano passado, Thompson Flores, que era presidente do TRF-4, interveio em uma batalha de decisões entre desembargadores do tribunal, a respeito de um habeas corpus de deputados do PT que pediam a liberdade de Lula, que possibilitaria à pré-candidatura do preso a presidência nas Eleições de 2018. Contudo, Thompson Flores determinou que Lula permanecesse preso.
No recurso em que aponta a suspeição do desembargador para julgar o processo do sítio, a defesa do ex-presidente faz referencia a uma entrevista de Rogério Galloro, então diretor-geral da Policia Federal (PF), ao jornal O Estado de S. Paulo, do qual relatou que Thompson Flores havia ligado para a PF pedindo que não soltassem Lula.
O desembargador nega ter dado a ordem via telefone.
Já o outro desembargador, Gebran Neto, a defesa do ex-presidente contesta o julgamento deste, pelo fato da proximidade de Gebran com o Ministro da Justiça, Sérgio Moro, do qual esta sendo investigado por parcialidade nos julgamento da Lava-Jato.