Ministério da Ciência e Tecnologia possui 1.500 cargos vagos, diz diretor

Em audiência pública promovida pela Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT) o diretor do Ministério da Ciência, Johnny Ferreira dos Santos, afirmou que atualmente existem 1,5 mil cargos vagos na pasta, equivalente a 1/3 dos cargos existentes.

Segundo o diretor, apenas 18% dos cargos estão na administração central do ministério. O restante está nas 16 unidades de pesquisa. 

O ministério vem beirando um problema, já que 60% de seus servidores estão acima dos 51 anos, se aproximando a cada dia da aposentadoria. Este problema gera um prejuízo maior no setor de pesquisa, que contém a maioria destes profissionais passando por essa situação.

Segundo Santos, em  2012 a 2019 houve o ingresso de 573 profissionais, mas 1.196 servidores se aposentaram, gerando um deficit de 623 funcionários.

O presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Ildeu Moreira, afirmou que é muito perigoso tirar recurso na área tecnológica. 

“Para competir em escala internacional, o Brasil precisa aportar mais recursos em ciência e tecnologia, e aí incluídas a formação de pessoal qualificado e a recomposição dos quadros, porque a ciência é feita por gente”, ressaltou Moreira.

Novas regras para o concurso público

Representantes do Ministério da Economia afirmaram que o órgão criou novas regras para a abertura de concursos públicos, por meio do Decreto 9.739/2019, devido à situação de crise fiscal do país. 

O chefe da Divisão de Concursos do ministério, Rafael Castro, afirmou que os critérios foram criados para avaliar de forma mais qualificada todas as demandas e que o órgão tenta outras soluções, como a recomposição de pessoal por movimentação dentro dos próprios órgãos.