Tribunal Superior fixa reajuste de 3% e desconta dias parados na greve dos Correios

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) decidiu nesta quarta-feira (2) que os Correios devem conceder reajuste de 3% nos salários e nos benefícios dos funcionários da estatal.

Além disso, foi decidido também que os dias de paralisação serão descontados em três parcelas na folha de pagamento dos funcionários, mantendo as cláusulas do acordo coletivo anterior.

Apesar da greve não ser considerada ilegal, os trabalhadores estão sendo punidos com as medidas, como a exclusão dos pais dos funcionários do plano de saúde, com a exceção de quem estiver em tratamento médico contínuo.

Em nota aos trabalhadores, a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios (Fentect) disse que o reajuste de 3% está próximo ao índice de inflação, mas não repara a perda do "direito histórico" de manter pais e mães no plano de saúde. Segundo a federação, o maior avanço foi a mobilização da categoria.

A empresa ainda afirmou que irá cumprir as medidas, mas alerta para a "delicada situação financeira da instituição". De acordo com a estatal, o prejuízo acumulado é de R$ 3 bilhões, e os gastos com pessoal estão em 62% dos dispêndios anuais.

Segundo o Correio, durante as greves, que duraram sete dias no mês de setembro, a empresa montou um plano de continuidade de negócios e as postagens e entregas de correspondências e de encomendas Sedex e PAC continuaram sendo feitas em todos os municípios. No entanto, os serviços com hora marcada, como: Sedex 10, Sedex 12, Sedex Hoje foram suspensos.