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Trump acusa "genocídio branco" ao governo da África do Sul; presidente sul-africano Cyril Ramaphosa nega

Ramaphosa foi recebido na Casa Branca nesta quarta (21) e assistiu vídeos sobre supostos crimes contra brancos

Por Da Redação
Ás

Atualizado
Trump acusa "genocídio branco" ao governo da África do Sul; presidente sul-africano Cyril Ramaphosa nega

Foto: Alan Santos/PR

Presidente sul-africano foi recebido na Casa Branca nesta quarta (21) e assistiu a vídeos sobre supostos crimes contra brancos

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou o governo da África do Sul, nesta quarta-feira (21), de promover um "genocídio branco" contra fazendeiros, durante uma reforma agrária para corrigir a distribuição de terras no país africano. Trump mostrou vídeos com supostos crimes contra brancos ao presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa.

Durante o encontro, foi exibido um clipe do político da oposição Julius Malema gritando "Dubul 'ibhunu", uma frase em zulu que significa "Mate o bôer".

Entenda o contexto

Os africâneres são conhecidos como bôeres. Eles são descendentes de colonos holandeses, predominantemente brancos, na África do Sul.

Um governo discriminatório de apartheid, liderado por africâneres, perdeu o poder em meados da década de 1990. Julius Malema também havia sido expulso do poder pelo Congresso Nacional Africano (CNA) e agora lidera o partido Combatentes pela Liberdade Econômica (EFF).

A música cantada no vídeo exibido por Trump surgiu pela primeira vez na década de 1980, quando era usada para protestar contra o apartheid, movimento que desapropriava à força os negros sul-africanos de suas terras em benefício dos brancos. A canção se popularizou novamente pelo político radical e seu partido de esquerda (EFF).

Com isso, Trump afirma que o governo estaria perseguindo membros desta comunidade. Já Ramaphosa nega qualquer perseguição a brancos. Nem mesmo o partido que representa os afrikaners e a comunidade branca do país afirmam que crimes do tipo estejam acontecendo.

Relação EUA x África do Sul

Desde o começo deste ano, Trump tem feito críticas públicas e até adotado medidas contra o governo sul-africano, o que ocasionou uma crise diplomática entre os dois países.

Já em fevereiro, o presidente americano cortou a assistência financeira à África do Sul, com a justificativa de que o governo local estava "confiscando terras" e que "certas classes de pessoas" estavam sendo tratadas "muito mal".

Em março, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, anunciou a expulsão do embaixador sul-africano Ebrahim Rasool, acusado de "explorar questões raciais" e de "odiar a América e Trump".

No mês de maio, 59 brancos sul-africanos chegaram aos EUA com condição de refugiados. Na época, Trump afirmou que todos eram vítimas de "discriminação racial".

A África do Sul nega qualquer perseguição a brancos e rejeita a alegação de que esse grupo seja alvo desproporcional de crimes. As taxas de homicídio no país são elevadas, e a grande maioria das vítimas é negra.

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