Trump acusa Obama de "traição" por tentar interferir nas eleições de 2016 nos EUA; ex-presidente rebate e chama alegação de "bizarra"
Republicano alega que adversários criaram narrativa sobre interferência russa, após divulgação de novos documentos

Foto: Reprodução/Redes Sociais/X
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou o ex-presidente do país, Barack Obama, de “traição” por tentar interferir nas eleições de 2016. A declaração de Trump foi feita nesta terça-feira (22).
"Obama era sedicioso e estava tentando liderar um golpe, e foi com Hillary Clinton, com outras pessoas, mas Obama o liderou", disse o republicano.
Em resposta, o gabinete de Obama negou as acusações, que classificou como bizarras. “Estas afirmações são suficientemente ultrajantes para merecerem uma [resposta]. Essas alegações bizarras são ridículas e uma tentativa fraca de distração", disse Patrick Rodenbush, porta-voz do ex-presidente.
Trump venceu as eleições de 2016 contra a candidata democrata Hillary Clinton. Segundo ele, Obama (presidente entre os anos de 2009 e 2016), teria disseminado informações falsas para desmoralizá-lo, ao sugerir que ele contou com a ajuda da Rússia na campanha que o levou, pela primeira vez, à Casa Branca.
O posicionamento acontece após a Diretora de Inteligência Nacional dos EUA, Tulsi Gabbard, retirar o sigilo e divulgar novos documentos do setor de inteligência, na última semana. Segundo ela, há evidências de uma "conspiração de traição" por parte de altos funcionários do governo Obama para criar a ideia de que a Rússia interferiu na eleição presidencial de 2016.
No entanto, em 2017, a Inteligência concluiu que a Rússia lançou uma campanha de influência e hacking e buscou ajudar Trump a derrotar Hillary Clinton. Os democratas criticaram a fala da diretora de inteligência e a classificaram como uma tentativa de “reescrever a história”.
"Nada no documento divulgado na semana passada compromete a conclusão amplamente aceita de que a Rússia trabalhou para influenciar a eleição presidencial de 2016, mas não manipulou nenhum voto com sucesso", disse o gabinete de Obama em um comunicado.
Na terça-feira (21), Trump declarou intenção de "ir atrás das pessoas" pelo que ele diz serem tentativas de interferir nas eleições de 2016, alegando que a Rússia estava tentando influenciar o resultado, e chamou Obama de "líder da suposta conspiração".