Trump diz que considera perdoar Edward Snowden por vazamento de informações confidenciais

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse no último sábado (15), durante uma entrevista coletiva, que pensa em conceder perdão para Edward Snowden, o ex-técnico da Agência Central de Inteligência (CIA) e da Agência de Segurança Nacional dos EUA , responsável pelo vazamento de informações que abalaram  a comunidade de inteligência norte-americana em 2013. 

Em 2013, Trump expressou hostilidade em relação a Snowden, chamando-o de "um espião que deveria ser executado". Agora, com um novo discurso, Trump diz vai começar a pensar sobre o perdão. "Vou começar a olhar para isso. Há muitas pessoas que pensam que ele não está sendo tratado com justiça pelas autoridades americanas”, disse Trump. 

Snowden fugiu dos EUA e recebeu asilo na Rússia em 2013 após o vazamento de uma  série de arquivos secretos para veículos de notícia de todo o mundo, que revelaram vastas operações de vigilância domésticas e internacionais realizadas pela NSA. Há mais de um ano, as autoridades americanas pressionam para que Snowden retorne aos Estados Unidos e seja julgado.

De acordo com Trump, os americanos de esquerda e direita estão divididos a respeito Snowden."Parece ser uma decisão dividida", disse Trump a repórteres. "Muitas pessoas acham que ele deveria ser tratado de maneira diferente. E outras acham que ele fez coisas muito ruins." Há quem elogie  Snowden por revelar as operações de espionagem digital da América, incluindo programas de espionagem doméstica que altos funcionários dos EUA insistiram publicamente que não existiam. Mas também tem pessoas que dizem que a ação foi uma grande afronta ao país.

Em setembro de 2019, o  Departamento de Justiça dos EUA entrou com uma ação contra Snowden, argumentando que o livro dele de memórias publicado recentemente, ‘Registro Permanente’, violava acordos de não divulgação. Segundo a organização, Snowden publicou o livro sem submetê-lo às agências de inteligência para revisão, acrescentando que os discursos feitos por Snowden também violavam os acordos de não divulgação.