O ministro Benedito Gonçalves, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), proibiu o presidente Jair Bolsonaro (PL) de utilizar o discurso de terça-feira (20) na Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) durante a campanha à reeleição, sob pena de R$ 20 mil em multas por descumprimento. 

A decisão atende a pedido de dois candidatos à Presidência, Ciro Gomes (PDT) e Soraya Thronicke (União Brasil). 

Gonçalves entendeu que usar o discurso na propaganda eleitoral representa um “risco à isonomia entre os candidatos”. 

"Isso porque, na hipótese, não estamos diante de um fato isolado, mas de um modus operandi evidenciado em uma sucessão de episódios mencionados na inicial. Há um contexto em que se tem identificado, até o momento, um esforço do candidato à reeleição em explorar em sua propaganda eleitoral situações propiciadas por sua condição de Chefe de Estado", justificou.