Tunísia vive nova tensão dez anos após Primavera Árabe; mais de 600 pessoas foram presas
Protestos são registrados no país desde a última sexta-feira (15)

Foto: Divulgação | AFP
A Tunísia vive uma nova onda de tensão dez anos após a primavera árabe, que gerou uma onda de protestos sociais e a queda do ditador Ben Ali.
Desde a última sexta-feira (15), o país registra manifestações contra a situação econômica do país, agravada pela pandemia da covid-19. Manifestantes têm tomado conta das principais ruas e entrado em confronto com forças policiais.
De acordo com o Ministério do Interior, 632 pessoas foram presas no domingo (17), sendo que a maioria tinha idades entre 15 e 25 anos. Já o Ministério da Defesa informou que irá enviar agentes do Exército para conter os protestos.
O país está em lockdown desde a última quinta (14), data que marca os dez anos da queda do ditador Ben Ali. A derrubada dele ao cargo foi iniciada em dezembro de 2010, após o vendedor ambulante Mohamed Bouazizi ter ateado fogo no próprio corpo para protestar contra as condições econômicas locais e os abusos da polícia.
Com isso, a Tunísia se tornou o berço da Primavera Árabe e uma das únicas democracias da região.