Turismo no Brasil tem prejuízo de R $ 51,5 bi na pandemia, diz Fecomercio

Prejuízo representa um rombo de 33,4% a menos nas receitas do setor

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FOTO: Agência Brasil

De acordo com um levantamento realizado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), o setor do turismo no Brasil perdeu R$ 51,5 bilhões em faturamento durante a pandemia da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. O prejuízo representa um rombo de 33,4% a menos nas receitas do setor em comparação ao mesmo período de 2019.

Os dados foram levantados com base nos setores aéreo, hoteleiro, de serviços turísticos, de transporte e de atividades culturais, recreativas e esportivas. De acordo com a Federação, os resultados foram puxados principalmente pela performance do setor aéreo, que perdeu 50,5% do faturamento anual em meio à crise, em comparação ao mesmo período de 2019. Depois das companhias aéreas, os setores do turismo que mais sofreram nos meses mais intensos da pandemia foram os atividades culturais, recreativas e esportivas, que viram o faturamento ter baixa de 28,4% no período, e a rede hoteleira, que, com receita em R $ 3,17 bilhões entre março e novembro, somou prejuízo de 26,6% se comparado a 2019.

Além disso, ainda registraram perdas fortes as agências de locação de transporte ou turismo, com baixa de 12,2%, e as empresas de transporte terrestre, como companhias rodoviárias, acumulando queda de 8,3% nas receitas. O levantamento aponta ainda que para 2021 as expectativas em relação aos setores não são promissoras. Segundo uma  pesquisa feita por buscadores de passagens aéreas que integram o Conselho de Turismo (CT) da FecomercioSP, a procura por bilhetes no início deste mês está 40% menor em comparação ao mesmo período de 2020, às vésperas da pandemia.

Diante do momento difícil, o setor de turismo espera uma ação do governo federal para prorrogar a Lei 14.046 / 2020 e parte da Medida Provisória (MP) 948/2020, que, entre outras coisas, dispensa a Necessidade de reembolso imediato de eventos ou viagens canceladas e regras para remarcações e cancelamentos.

Pelas normas, é possível que os agentes do setor reembolsem os clientes em até 12 meses após a data da compra do serviço, por exemplo, além de terem mais liberdade para negociar diretamente sobre novos prazos. Para a Federação, o fim dessas condições e a não prorrogação das medidas fará com que as empresas, já prejudicadas pela pandemia, tenham que arcar com os custos imediatamente. 

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