Ucrânia e Rússia fecham acordo de cessar-fogo de 12 horas nesta quarta-feira (9)
A expectativa é que civis sejam evacuados de cidades ucranianas por corredores humanitários

Foto: Reprodução/Agência Brasil
As Forças Armadas da Ucrânia e a Rússia estabeleceram um acordo que determina um cessar-fogo de 12 horas para que civis sejam evacuados de cidades ucranianas por corredores humanitários nesta quarta-feira (9). A população deve deixar os municípios onde estão das 9h às 21h, no horário local (4h às 16h, no horário de Brasília).
Com o novo cessar-fogo, seis rotas de evacuação de civis foram reabertas, onde o governo da Ucrânia espera que 10 cidades possam ser atendidas pelos corredores.
Como informou a CNN Internacional, a vice-primeira-ministra da Ucrânia, Iryna Vereshchuk, fez um apelo para que a Rússia respeite o acordo. "Apelo à Federação Russa: você assumiu um compromisso público formal", disse ela.
Além disso, Vereshchuk destacou a importância de duas rotas em particular, as de Mariupol e Volnovakha. Ambas cidades estão cercadas há alguns dias pelas forças russas e sofrem com desabastecimento.
"Os moradores de Volnovakha se voltam para mim e me pedem para cumprir a promessa da Federação Russa hoje, as pessoas têm que poder deixar os lugares onde estão agora se escondendo da chuva de GRADs [foguetes] e do fogo devastador que está matando-os", completou a vice-primeira-ministra.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse, em pronunciamento divulgado hoje nas redes sociais, que a Rússia realiza tortura em ataques aos corredores humanitários.
"Os invasores atiram em rotas de evacuação. Eles bloqueiam a entrega de equipamentos essenciais e medicamentos ao povo. O que eles querem? Que os ucranianos tirem das mãos dos invasores. Isso é tortura deliberada e sistemática, organizada pelo Estado. É cruel com todos os cidadãos", afirmou.
Apesar da acusação, Zelensky garantiu que as cidades ucranianas atacadas continuarão recebendo mantimentos. "Os carregamentos continuarão chegando. Não importa quantas balas os parem. Corredores humanitários ainda vão funcionar", disse.


