Ucrânia lembra 35 anos da explosão de Chernobyl
O presidente Volodimir Zelensky, declarou que "a explosão na central de Chernobyl e suas consequências transformaram o mundo"

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Na última segunda-feira (26), a Ucrânia lembrou os 35 anos do pior acidente nuclear da história que contaminou uma parte da Europa e provocou o deslocamento de 346 mil pessoas: a explosão da usina de Chernobyl.
Em visita à zona de exclusão que abrange 30 quilômetros no entorno do reator acidentado, o presidente Volodimir Zelensky, declarou que "a explosão na central de Chernobyl e suas consequências transformaram o mundo".
Zelensky pediu a colaboração da comunidade internacional. "Nossa tarefa é transformar a área de exclusão em uma área de renascimento e fazer todo o possível para reforçar a segurança nuclear" com o objetivo de evitar catástrofes semelhantes no futuro".
Em 26 de abril de 1986, à 1h23min, o reator número 4 da central de Chernobyl, situado a 100 quilômetros de Kiev, explodiu durante um teste de segurança. O combustível nuclear queimou durante 10 dias, liberando na atmosfera elementos radioativos que contaminaram até 75% da Europa, especialmente as então repúblicas soviéticas da Ucrânia, Belarus e Rússia.
De acordo com documentos de arquivo publicados na segunda-feira (26), pelo Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU), em 1982 e 1984 houve ao menos três falhas na usina de Chernobyl. Porém, as autoridades soviéticas mantiveram segredo sobre o que aconteceu.
Um total de 116 mil pessoas foram retiradas, em 1986, dos arredores da central, que permanecem praticamente inabitados. Nos anos seguintes, outros 230 mil moradores deixaram a zona.
Até hoje, o balanço de vítimas do acidente de Chernobyl causa polêmica, mas ele chegaria a até 100 mil mortos, de acordo com o Greenpeace. O comitê científico da ONU (Unscear) reconhece oficialmente apenas 30 mortes entre os operários e bombeiros que foram vítimas da radiação após a explosão.