UFBA e outras 29 federais dizem que Orçamento 2021 não é suficiente para manter atividades até o fim do ano
Instituições pedem ao MEC que verba seja elevada para o mesmo patamar de 2020

Foto: Reprodução/Agência Sertão
Um grupo que conta com 30 das atuais 69 universidades federais alertam que não vão conseguir chegar ao fim do ano com o orçamento atual, mesmo que todo ele seja desbloqueado. Juntas, elas reúnem mais de 500 mil dos 1,3 milhão universitários da rede. Entre elas, estão a Universidade Federal da Bahia (UFBA), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).
Isso significa que existe o risco de que os prédios poderão ser fechados, atividades essenciais, como pesquisas que continuam mesmo na pandemia, pararão de ser realizadas e a possibilidade de um retorno presencial ainda em 2021 é descartada.
Em algumas, até as aulas remotas podem parar. Neste ano, a rede federal de educação superior possui R$ 4,3 bilhões para gastos discricionários. Desse total, R$ 789 milhões (17%) ainda estão indisponíveis aguardando liberação do Ministério da Educação (MEC).
Para resolver o problema, elas defendem que o orçamento suba para pelo menos o nível de 2020, de R$ 5,6 bilhões. Essa verba, que chegou a ser de R$ 12 bilhões em 2011, é para despesas indispensáveis (como contas de água, luz, segurança e limpeza), investimentos (reformas, compra de equipamentos e insumos para pesquisas) e auxílios para alunos pobres poderem continuar seus estudos.
Além das 30 instituições que alertaram para o risco de fechamento, outras 28 universidades procuradas pelo jornal O Globo afirmaram que não correm esse risco, três preferiram não se posicionar e oito não responderam. Em nota, o MEC afirmou que a pasta “não tem medido esforços nas tentativas de recomposição e/ou mitigação das reduções orçamentárias” das instituições.