Uma em cada 100 crianças possui espectro autista, aponta estudo

Dia da Criança Especial foi comemorado na última quinta-feira (09)

Por Da Redação
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Uma em cada 100 crianças possui espectro autista, aponta estudo

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Segundo o Center of Diseases Control and Prevention (CDC), órgão ligado ao governo norte-americano, uma em cada 100 crianças possui o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Na última quinta-feira (09), foi comemorado o Dia da Criança Especial. 

A pesquisa aponta que a estimativa é que, ao redor do mundo, 70 milhões de pessoas tenham TEA. No Brasil, o valor é de 2 milhões de casos. 

Em entrevista à Agência Brasil, a médica Danielle H. Admoni, psiquiatra da Infância e Adolescência na Escola Paulista de Medicina (Unifesp) e especialista pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), explica que o comportamento pode ser notado ainda na infância. Dentre os principais aspectos estão a dificuldade de interação social e a dificuldade de comunicação.

“O que a gente sempre espera para as crianças com TEA é a inclusão. As principais questões da criança com TEA são a fala, ou seja, a linguagem, e a socialização”, afirmou a médica.

Uma das soluções apontadas para ajudar no desenvolvimento das crianças com TEA é a interação social na escola, preferencialmente, em classes comuns. 

“Quanto mais a criança conseguir se comunicar com outras crianças, melhor vai ser a linguagem dela, a fala dela, e melhor sua socialização. Porque a gente aprende por cópia. Por exemplo, se você sorri para o bebê e ele não tem TEA, ele sorri de volta para você. E assim a criança vai crescendo, copiando o comportamento dos pais e se tornando um ser sociável”, afirmou a médica.

Crianças especiais

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que mais de 1 bilhão de pessoas no mundo possuem algum tipo de deficiência, sendo uma em cada dez, criança.

No Brasil, o total é de 45,6 milhões, em que 7,5% são crianças de até 14 anos de idade, aponta o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2010. 

Além disso, os dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) mostram que, entre 2014 a 2018, o número de matrículas de estudantes com necessidades especiais no Brasil teve um aumento de 33,2%. O percentual de estudantes incluídos em classes comuns foi de 87,1% para 92,1%.

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