Uso irregular de antibióticos contribui para tornar antimicrobianos ineficazes, alerta OMS
Organização promove até o dia 24 a Semana Mundial do Uso Consciente de Antibióticos

Foto: Arquivo/Agência Brasil
Os antimicrobianos, que são medicamentos utilizados para prevenir, controlar e tratar doenças infecciosas em humanos, animais e plantas, estão se tornando cada vez mais ineficazes, de acordo com um alerta emitido pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Entre esta sexta-feira (18), até o dia 24 de novembro, a organização promove a Semana Mundial do Uso Consciente de Antibióticos.
A campanha destaca que o aumento no número de microrganismos resistentes aos medicamentos coloca em risco a saúde de humanos e de animais, representando uma das maiores ameaças à saúde global atualmente.
De acordo com a OMS, o problema está associado diretamente ao uso excessivo e incorreto dos remédios disponíveis para o tratamento de infecções.
Essa resistência ocorre quando bactérias, vírus, fungos e parasitas não respondem mais aos compostos ingeridos. Como resultado da resistência aos medicamentos, os antibióticos e outros agentes antimicrobianos passam a ser ineficazes e infecções comuns tornam-se difíceis ou impossíveis de tratar, aumentando o risco de disseminação de doenças, casos graves e mortes.
Em 2019, quase 5 milhões de mortes humanas em todo o mundo foram associadas à resistência bacteriana. Desse total, 1,3 milhão de óbitos foram atribuído ao problema.
Prevenção
Entre as medidas de prevenção recomendada pela OMS, está que os medicamentos não utilizados não deve ser descartados em banheiros, lixeiras ou depósitos de lixo.
Outra dica é lavar as mãos antes de cozinhar e manter as áreas de preparação de alimentos limpas para ajudar a prevenir a propagação de micróbios resistentes a medicamentos. O acesso a água potável, saneamento e higiene (WASH, em inglês) em residências e unidades de saúde também pode reduzir a necessidade de antibióticos para tratar a diarreia em até 60%.
A estratégia ajuda a prevenir infecções resistentes a medicamentos, salva vidas e reduz os custos com saúde, segundo a OMS.