USP decide demitir professor acusado de assédio sexual
Decisão foi tomada após conclusão de processo administrativo disciplinar na quinta-feira (11).

Foto: Reprodução/Redes Sociais
A Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) decidiu pela demissão do professor Alysson Mascaro. A medida foi tomada na última quinta-feira (11), mas ainda não foi oficializada pela reitoria da instituição. Mascaro estava afastado devido a denúncias de assédio e abuso sexual feitas por estudantes.
A defesa de Mascaro confirmou a decisão e informou que ainda não foi intimada formalmente. Segundo os advogados, será apresentado recurso na esfera administrativa. A informação foi divulgada pelo G1.
À época em que as denúncias se tornaram públicas, o professor negou as acusações. Em nota, a defesa afirmou que tanto a sindicância preliminar quanto o Processo Administrativo Disciplinar teriam sido conduzidos com “violações graves e estruturais”.
Paralelamente ao processo administrativo, há um inquérito policial instaurado em junho deste ano a pedido do Ministério Público de São Paulo. A investigação está sob responsabilidade da 1ª Delegacia Seccional de Polícia. De acordo com a advogada Fabiana Marques, que integra a defesa, Alysson Mascaro ainda não foi chamado para prestar depoimento.
As apurações internas tiveram início em dezembro do ano passado, após a publicação, pelo site Intercept, de denúncias feitas por dez alunos e ex-alunos. Os relatos apontam episódios de assédio que teriam ocorrido entre 2006 e 2024. Diante das acusações, a universidade determinou o afastamento temporário do docente.
A sindicância foi concluída em 9 de janeiro deste ano. Durante o procedimento, foram ouvidos estudantes, todos homens, que acusam o professor de assédio sexual, além de três mulheres, sendo uma ouvida como testemunha e duas apontadas como possíveis vítimas de assédio moral. Ao final, o professor também prestou depoimento. A defesa segue negando as acusações.


