USP deixa top 100 das melhores universidades em ranking internacional

38% das universidades da América Latina apresentaram queda; UBA é a única instituição latino-americana entre as cem melhores

Por FolhaPress
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USP deixa top 100 das melhores universidades em ranking internacional

Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Um ano após perder o posto de melhor universidade da América Latina para a UBA (Universidade de Buenos Aires), a USP (Universidade de São Paulo) manteve a tendência de queda na 22ª edição do ranking da QS World (Quacquarelli Symonds), uma das principais avaliações de ensino superior do mundo.

De acordo com a nova lista divulgada nesta quarta-feira (18), a instituição brasileira deixou a lista de 100 melhores do mundo após três anos, passando de 85ª em 2023 para 92ª no ano passado. Agora é a 108ª.

A UBA é a única universidade latino-americana entre as cem melhores, ocupando a 84ª colocação. Em terceiro está a Pontifícia Universidade Católica do Chile, em 116º. A segunda melhor universidade brasileira no ranking 2026 é a Unicamp, na posição 232.

Segundo a QS, o Brasil registra uma taxa de queda líquida de 25% nesta edição, refletindo uma tendência mais ampla na região latino-americana, que vê 50% de suas universidades caírem na tabela e três universidades saírem do top 100.

Entretanto, destaca o instituto, o Brasil continua sendo o sistema de ensino superior mais forte da América Latina, com mais universidades classificadas do que qualquer outro país da região e mais universidades entre as 500 melhores do mundo. São quatro nessa condição: USP (92ª), Unicamp (232ª), UFRJ (304ª) e Unesp (489ª).

A USP e outras universidades brasileiras já tinham caído em outro ranking educacional internacional, o do Centro para Rankings Universitários Mundiais (CWUR), divulgado no mês passado. Naquela lista, 87% das instituições do país tiveram baixo desempenho devido ao declínio no "desempenho em pesquisa, em meio à intensificada competição global de instituições bem financiadas".

"As universidades brasileiras, assim como a região latino-americana de forma mais ampla, enfrentam desafios nesta edição, principalmente em áreas como pesquisa e atração de talentos globais. No entanto, é perfeitamente possível reverter a situação através de financiamento direcionado, incentivos à mobilidade internacional e parcerias de investigação", diz o vice-presidente sênior da QS, Ben Sowter.

"Em um cenário global de ensino superior em que os tradicionais destinos para se estudar fora parecem estar reavaliando as políticas de mobilidade estudantil, novas oportunidades estão surgindo para destinos emergentes, como o Brasil, para atrair talentos globais e se estabelecer como líderes em conhecimento e pesquisa", completa Sowter.

A QS classificou 24 universidades brasileiras no atual ranking. Dessas, três subiram na tabela e nove desceram, enquanto 12 permaneceram estáveis em suas classificações ou faixas.

"O Brasil registrou quedas líquidas em todos os indicadores da QS, exceto em um, com o mesmo número de aumentos e reduções em Proporção de Docentes por Alunos, o que sugere que decisões estratégicas importantes e investimentos devem ser feitos em áreas como pesquisa, publicidade, pessoal e iniciativas de sustentabilidade ambiental, social e de governança", analisa o relatório da QS, destacando que o país supera a média global em apenas um indicador: Reputação Acadêmica.

EUA CONTINUAM DOMINANDO O ENSINO SUPERIOR 

O ranking deste ano da QS analisou mais de 1.500 universidades de 106 países e territórios. Nesse cenário, os Estados Unidos se despontam como o sistema de ensino superior mais representado, com 192 universidades classificadas, seguidos pelo Reino Unido, com 90, e pela China, com 72.

Pelo 14º ano consecutivo, o MIT (Massachusetts Institute of Technology) mantém seu reinado no topo. O Imperial College de Londres permanece em segundo lugar, enquanto a Universidade Stanford sobe três posições e fica em terceiro. A Universidade de Oxford e a Universidade Harvard caíram uma posição, ficando em quarto e quinto lugar, respectivamente.

O Reino Unido está empatado com os EUA em termos de universidades de elite, cada um com quatro entre as dez melhores. O indicador mais forte do Reino Unido, em geral, é a Proporção de Alunos Internacionais, na qual o país alcança a segunda maior pontuação média do mundo entre os países com dez ou mais universidades classificadas, atrás apenas dos Emirados Árabes Unidos.  

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