USP expulsa aluno acusado de fraudar cotas raciais e sociais

Essa é a primeira vez desde a adoção das cotas pela universidade que um estudante é expulso por esse tipo de fraude

Por Da Redação
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USP expulsa aluno acusado de fraudar cotas raciais e sociais

Foto: Reprodução

Um aluno acusado de fraudar as cotas raciais e sociais teve a matrícula cancelada pelo Instituto de Relações Internacionais (IRI) da Universidade de São Paulo (USP). Essa é a primeira vez desde a adoção das cotas pela universidade, em 2018, que um estudante é expulso por esse tipo de fraude. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

O processo foi conduzido por uma comissão formada no instituto em abril de 2019 após denúncia feita pelo Coletivo de Negros e Negras do IRI. Em dois relatórios, produzidos no final do ano passado e no início deste ano, a Comissão concluiu que há incompatibilidade no padrão de vida do denunciado com a renda bruta que declarou no momento do vestibular.

Ainda segundo a comissão, o estudante não apresenta características típicas de pessoas pretas ou pardas. Os professores também afirmaram que a alegação feita por ele de que possuía uma avô preta não poderia justificar seu acesso através de cota racial. O aluno terá 10 dias para recorrer da decisão, que foi enviada à Pró-Reitora de Graduação.

"Nesse sentido, esta Comissão conclui que os traços fenotípicos do denunciado não o caracterizam como de cor negra ou parda. O denunciado não está em conformidade com o item 38 do edital Sisu 1/2019, referente aos critérios necessários para se ter direito a ação afirmativa. Assim sendo, esta Comissão recomenda a invalidação no Bacharelado em Relações Internacionais não apenas com base na insuficiência do denunciado em ter atingido o critério social de cotista mas também pelo não cumprimento dos requisitos necessários para usufruir do direito à vaga reservada a cotistas pretos, pardos ou indígenas", destaca o relatório. 

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