Vacina da AstraZeneca: restrição de idade zera casos de coágulos, diz estudo

Cerca de 85% das pessoas que sofreram coágulos sanguíneos raros tinham menos de 60 anos

Por Da Redação
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Vacina da AstraZeneca: restrição de idade zera casos de coágulos, diz estudo

Foto: Reprodução / Agência Brasil

Após decisão de limitar o uso em pessoas menores de 40 anos, o Reino Unido não registrou nas últimas semanas nenhum novo caso de coágulo sanguíneo raro e grave depois de vacinação contra a Covid-19 com o imunizante da AstraZeneca, afirmam cientistas britânicos na quarta-feira (11).

Trombocitopenia trombótica induzida por vacina (VITT) é uma combinação de coágulos sanguíneos e baixos níveis de plaquetas que foi rotulada como um efeito colateral raro em vacinas de vetor viral contra covid, como as produzidas pela AstraZeneca e pela Johnson & Johnson.

Uma ocorrência maior do efeito colateral em pessoas mais jovens levou muitos países a colocarem restrições de idade para a vacina da AstraZeneca.

Após a vacinação com AstraZeneca no Reino Unido, cerca de 85% das pessoas que sofreram coágulos sanguíneos raros tinham menos de 60 anos, apesar de mais vacinas terem sido administradas a idosos, concluiu o estudo, em uma das caracterizações mais completas da síndrome até agora.

A pesquisa mostrou que nas pessoas com menos de 50 anos a incidência era de cerca de 1 em 50 mil, em linha com as estimativas anteriores, e os especialistas disseram que o estudo reforçou o entendimento prévio do cálculo do risco-benefício da vacinação.

A hematologista Sue Pavord, consultora do Hospital da Universidade de Oxford, que liderou a pesquisa, informou que o incidente geralmente afetou jovens que eram saudáveis e que seria especialmente perigoso se resultasse em sangramento no cérebro.

Mas ela acrescentou que um pico inicial de casos do efeito colateral diminuiu com o impacto da decisão do Reino Unido de oferecer vacinas alternativas para menores de 40 anos em maio.

"Não vimos novos casos nas últimas quatro semanas e isso foi um grande alívio", disse ela a repórteres. O artigo foi publicado no New England Journal of Medicine.
 

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