Brasil
Variantes testadas aparecem na África do Sul e no Reino Unido e têm mutações que ocorrem no Brasil
FOTO: AP Photo
Um estudo publicado pela revista científica "Nature Medicine", nesta segunda-feira (8), aponta que a vacina desenvolvida pelas empresas Pfizer e BioNTech contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, conseguiu neutralizar, em laboratório, três variantes do coronavírus. Segundo a pesquisa, as variantes testadas aparecem na África do Sul e no Reino Unido e têm mutações que ocorrem em uma variante brasileira.
Para realizar a pesquisa, cientistas da Pfizer e do setor médico da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, testaram o soro de 20 participantes dos ensaios clínicos da vacina. Eles já haviam recebido as duas doses da vacina e já tinham criado anticorpos contra a Covid-19. Logo depois, os pesquisadores testaram esses soros contra as variantes do vírus.
As três variantes neutralizadas tinham a mutação N501Y, que foi associada a uma maior capacidade de transmissão do coronavírus.
Ainda de acordo com o estudo, uma das variantes neutralizadas, que aparece apenas na África do Sul, teve, além da N501Y, a mutação E484K, associada a um possível enfraquecimento da ação dos anticorpos humanos contra o vírus. Tanto a N501Y quanto a E484K aparecem em uma variante identificada no Brasil.
Principais pontos do estudo:
-O poder de neutralização dos anticorpos contra a variante sul-africana que tinha a mutação E484K foi ligeiramente menor do que em relação às outras variantes.
-Dessa forma, os autores concluíram que é necessário monitorar de forma contínua a eficácia das vacinas contra a Covid contra novas variantes do coronavírus. No fim de janeiro, a Pfizer e a BioNTech já haviam anunciado que criariam uma dose de reforço de sua vacina contra novas variantes.
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