Vacinas aumentam proteção em pessoas que já tiveram Covid-19, aponta Fiocruz

Vacinação reduziu reinfecções sintomáticas e casos graves da doença

Por Da Redação
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Vacinas aumentam proteção em pessoas que já tiveram Covid-19, aponta Fiocruz

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Segundo um estudo divulgado por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), na última quarta-feira (29), as vacinas contra a Covid-19 usadas no Brasil aumentam a proteção contra o vírus SARS-CoV-2 em pessoas que já se contaminaram anteriormente. O trabalho, publicado como  preprint no site Medrxiv, precisa passar por revisão de outros cientistas.

Segundo os pesquisadores, foram avaliados 22.565 indivíduos acima dos 18 anos, que tiveram dois testes de RT-PCR positivos e 68 mil que tiveram teste positivo e depois negativo, de fevereiro a novembro.

O estudo aponta que a vacinação com as duas doses dos imunizantes AstraZeneca, Pfizer e CoronaVac, assim como a dose única da Janssen, reduziram as reinfecções sintomáticas e casos graves da doença em quem já havia contraído o vírus em outro momento. Além disso, em vacinas de duas doses, a aplicação da segunda eleva o nível de proteção contra reinfecções. 

Principal pesquisador responsável pelo estudo, Julio Croda, da Fiocruz Mato Grosso do Sul, aponta que o estudo reforça a importância da vacinação completa em pessoas que já se contaminaram anteriormente. 

“A importância de ser vacinado é a mensagem principal, e a necessidade dessas duas doses para maximizar a proteção. Vemos que alguns países chegam a recomendar apenas uma dose para quem teve covid-19, por considerar que estes já contam com um certo nível de anticorpos neutralizantes. Mas esse tipo de avaliação de efetividade na vida real mostra que há um ganho adicional com a segunda dose. É um ganho substancial contra as formas graves", afirmou à Agência Fiocruz Notícias.

Após a infecção inicial, a efetividade das vacinas contra doença sintomática 14 dias após o esquema vacinal completo é de 37,5% para a CoronaVac, Já na AstraZeneca o número sobe para 53,4%. A da Pfizer, com maior número, é de 63,7%. O imunizante de dose única, Janssen, aponta uma efetividade de 35,8%. Já contra hospitalização e morte, também após 14 dias da aplicação, a efetividade da CoronaVac é de 82,2% da AstraZeneca de 90,8%, 87,7% com a Pfizer e 59,2% com a Janssen.

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