Valdemar diz que foi pressionado por deputados a questionar urnas no TSE
Presidente do PL afirma que não queria acionar a Justiça Eleitoral, mas cedeu diante da pressão da bancada

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, declarou que não pretendia entrar com a ação que pediu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) uma reavaliação extraordinária do resultado do segundo turno das eleições de 2022, mas acabou cedendo à pressão de parlamentares do partido.
“Fui pressionado pelos deputados, porque vazou essa informação de que teria essa dúvida sobre as urnas. Foi inclusive contra a minha vontade, mas houve uma pressão muito grande para que eu acionasse o TSE”, afirmou Valdemar.
Na ocasião, o PL solicitou a invalidação de votos de mais de 250 mil urnas, sem apresentar provas de fraude. O dirigente afirmou ainda, em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), que a iniciativa causou prejuízo significativo ao partido, ao mencionar a multa de R$ 23 milhões aplicada pela Justiça Eleitoral após a contestação do resultado.
Valdemar defendeu a atuação de Carlos Rocha, presidente do Instituto Voto Legal e responsável pelo relatório técnico usado pelo partido na ação, dizendo que o trabalho foi “técnico e não político”. Ele também ressaltou que os contratos com a empresa foram pagos com recursos próprios do PL.
“Quero deixar claro que todos os contratos foram pagos com recursos do partido, de arrecadação, não com dinheiro público”, reforçou Valdemar durante o depoimento.
A multa aplicada pelo TSE ao partido permanece válida, e a legenda busca reverter os efeitos do processo enquanto o caso segue em análise judicial.