Valdemar responsabiliza governo por tarifaço de Trump e enfatiza: 'o Brasil que está errando'
Presidente do PL disse que governo deveria negociar ao invés de criticar

Foto: Marcello Casal/Agência Brasil
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, disse nesta quarta-feira (3), em entrevista ao GloboNews, que o governo brasileiro "está errando" ao não negociar diretamente com os Estados Unidos para poder reverter as sobretaxas impostas pelo presidente Donald Trump. Para Valdemar, as sanções não impactarão negativamente no cenário eleitoral para a direita e são uma consequência da postura da diplomacia brasileira.
"Eu não concordo com o tarifaço. Eu discordo do governo, porque o governo não está conduzindo a situação como deveria. Conduzir de negociar", afirmou.
'Trump gosta de Bolsonaro'
Questionado sobre a motivação do presidente americano, Valdemar atribuiu a medida à amizade do presidente americano com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e as informações que ele recebe da Embaixada dos EUA.
"O Trump, como gosta do Bolsonaro por causa do carisma que o Bolsonaro tem, ele conquistou o Trump também. Ele chega lá, pergunta, chama o pessoal da embaixada, chama secretário de Estado e pergunta: 'o Bolsonaro, meu amigo lá no Brasil, é honesto? O julgamento dele é legal?'. 'Não, é ilegal'. Então, por isso que o Trump está tomando essas providências", disse.
Defesa de Eduardo Bolsonaro
O presidente do PL negou que o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) tenha articulado as sanções, dizendo que a decisão partiu exclusivamente da Trump. Porém, ele defendeu a atuação do filho do ex-presidente nos EUA.
"O Eduardo está lá para defender o pai dele, ele não quer ver o pai dele passando o que ele está passando", afirmou.
Questionado se o deputado licenciado errou ao articular com a Casa Branca, Valdemar foi enfático.
"O Eduardo não. O Eduardo foi para lá para defender o pai dele, ele não quer ver o pai dele passando a humilhação que está passando".
Valdemar minimizou o boicote de Eduardo Bolsonaro a um encontro do ministro Fernando Haddad com uma autoridade americana, dizendo que "se o governo brasileiro trabalhar direito através da diplomacia, resolve esses problemas".