Variante britânica do coronavírus pode aumentar risco de morte em 61%, diz pesquisa

Uma pesquisa publicada na revista científica Nature nesta segunda-feira (15), aponta que a variante britânica do coronavírus, chamada de B.1.1.7, pode elevar risco de morte por Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus,  em 61%. Segundo a pesquisa, o risco de morte em relação à mutação pode variar entre 42% e 82% de acordo com a idade e com o sexo da pessoa que for infectada. Homens com idades mais avançadas formam o grupo que corre mais risco. De acordo com os pesquisadores, a cepa do vírus Sars-CoV-2 já está circulando no Brasil desde o fim de fevereiro. 

O risco de morte para homens com mais de 85 anos aumenta de 17% para 25%, enquanto para mulheres nesta idade passa de 13% para 19%. Já para homens de 70 a 84 anos, o risco aumenta de 4,7% para 7,2%, enquanto para as mulheres na mesma faixa etária a probabilidade aumenta de 2,9% para 4,4%. Já para grupos mais jovens, em que os pacientes ainda não completaram 70 anos, o risco de morte continuou sendo menor do que 1%, assim como nas demais cepas.   

Contudo, a pesquisa não leva em consideração a pré-existência de doenças que podem comprometer o sistema imunológico dos pacientes como, por exemplo, problemas pulmonares. Os resultados foram obtidos com a análise de 2,2 milhões de testes realizados com pacientes infectados pela Covid-19 na Inglaterra entre setembro de 2020 e fevereiro deste ano.