Variante do Amazonas tem carga viral 10 vezes maior do que outras cepas
Quantidade de vírus do corpo transmite a doença com mais facilidade

Foto: Reprodução/ Agência Brasil
Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) apontaram que adultos infectados com a variante do novo coronavírus do Amazonas têm uma carga viral dez vezes maior do que adultos infectados por outras variações da Covid-19. No entanto, de acordo com a equipe, a quantidade de vírus no organismo não está relacionada à gravidade, mas sim à facilidade de transmissão da doença.
Para chegar nessa conclusão, foram analisados 250 códigos genéticos durante o intervalo de quase um ano entre o primeiro pico da doença, em abril de 2020 e, o segundo em dezembro do mesmo ano.
Através de um tuíte, o pesquisador Tiago Gräf alertou sobre a variante P.1 ser maior entre os adultos. “A comparação dos pacientes mostra claramente que infecção por P.1 gera maior carga viral em adultos. Em idosos a significância foi pequena ou nenhuma. Talvez porque nossa amostragem era menor nesse grupo ou porque esses indivíduos são igualmente vulneráveis a todas linhagens”, diz a publicação.
Gräf também mostra um gráfico no qual compara a carga viral entre pacientes com a variante P.1 e outros com outro tipo de versão do vírus. A variante surgiu no Amazonas, mas outros 18 Estados já constataram a existência de pacientes infectados com a nova formatação do novo coronavírus.
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