Verão chuvoso acende alerta para casos de dengue no Brasil
Temperaturas mais altas criam ambiente favorável para proliferação do mosquito aedes

Foto: Reprodução/Pixabay
As chuvas intensas que acometem várias regiões do Brasil desde novembro de 2022, combinadas com as altas temperaturas típicas do verão, são sinal de alerta para a dengue. Isso porque esses dois fatores juntos criam um ambiente altamente favorável para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, principal vetor da doença.
“O mosquito se prolifera em espaços úmidos e quentes, as regiões com temperaturas mais elevadas são muito propícias para o aedes e as chuvas que temos visto nos últimos meses agravam ainda mais esse cenário. Por isso é preciso estar atento”, alerta o médico Alexandre Cunha, infectologista do Grupo Sabin e vice-presidente da Sociedade de Infectologia do Distrito Federal.
Segundo o especialista, o registro de casos de doenças transmitidas pelo mosquito aumentam consideravelmente nesta época do ano por causa das mudanças climáticas e alerta para um crescimento, com a chegada de dias mais chuvosos. “Temos percebido um aumento no número de exames para dengue, zika e chikungunya e um aumento na positividade desses exames, o que nos faz redobrar a atenção e reforçar movimentos de orientação para conscientização individual e coletiva a fim de evitar a proliferação do mosquito”, ressalta Alexandre.
Além da dengue, o mosquito aedes transmite zika e chikungunya. Os sintomas das três doenças podem se assemelhar aos registrados em casos de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, o que pode acarretar em tratamento errado, alerta o infectologista. Entre os sintomas mais comuns estão: febre de início abrupto acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, além de náuseas, vômitos e dores abdominais.
“Buscar um médico o mais rápido possível sempre que se observar esses sintomas é fundamental para garantir um diagnóstico preciso e o tratamento adequado. É possível por meio de exames laboratoriais determinar qual é a doença para assim realizar com assertividade o tratamento”, orienta o especialista.